Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Pacheco se reúne com relatores da reforma tributária no Senado e na Câmara

Texto aprovado na Câmara vai começar a ser analisado no Senado a partir de agosto; Braga não descarta mudanças na proposta

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília


Eduardo Braga, Rodrigo Pacheco e Aguinaldo Ribeiro
Eduardo Braga, Rodrigo Pacheco e Aguinaldo Ribeiro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu, nesta quarta-feira (12), com o relator da proposta da reforma tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e com Eduardo Braga (MDB-AM), que foi escolhido para relatar o projeto no Senado.

A conversa, segundo Pacheco, serviu para a discussão de detalhes do texto aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada. Eduardo Braga sinalizou que não descarta mudanças na matéria.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram


"O encontro foi uma oportunidade para aprofundarmos a discussão sobre o tema e para que o deputado Aguinaldo Ribeiro apresentasse alguns pontos do texto ao relator da matéria no Senado. Esse alinhamento certamente contribuirá para que a reforma avance no Congresso e para que o Brasil tenha, o mais rápido possível, um modelo tributário simplificado e moderno", afirmou Pacheco.

Ontem, em coletiva de imprensa, Eduardo Braga evitou comentar o que pode ser alterado. No entanto, ele ressaltou que a agenda federativa vai ser "muito debatida" e que a manutenção da condição especial da Zona Franca de Manaus deve ser conservada.


A ideia do relator no Senado é analisar em detalhes os impactos do novo sistema tributário na economia brasileira. Para isso, pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e à ministra do Planejamento, Simone Tebet, que encaminhem estudos, estimativas e informações sobre a alíquota média da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a ser criados com a reforma.

Os dados devem fornecer as memórias de cálculo que tratam das alíquotas projetadas para a CBS e o IBS, considerando também todas as exceções previstas na proposta aprovada na Câmara, além das estimativas da CBS e do IBS, que manteriam a carga tributária atual sobre o consumo.


Reforma tributária

A mudança no sistema tributário do país prevê, em um primeiro momento, alterações nos impostos que incidem sobre o consumo. O texto determina a substituição de cinco deles:

• PIS, Cofins e IPI (tributos federais) — por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pela União; e

• ICMS (tributo estadual) e ISS (tributo municipal) — por um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que será administrado por estados e municípios.

A proposta aprovada também prevê três alíquotas para o futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA):

• alíquota geral;

• alíquota 50% menor para atividades como transporte público, medicamentos, produtos agropecuários in natura, serviços médicos e de educação; e

• alíquota zero para alguns medicamentos e para setores como saúde, educação, transporte público e produtos do agronegócio.

Cesta básica

A cesta básica nacional de alimentos também foi incluída na alíquota zero. De acordo com o texto, fica instituída a Cesta Básica Nacional de Alimentos, "em observância ao direito social à alimentação". A lei complementar vai definir os produtos destinados à alimentação humana que vão compor a cesta e ter alíquota zero.

Segundo a proposta, o período de transição para unificar os tributos vai durar de 2026 a 2032. A partir de 2033, os impostos atuais serão extintos. O relator do texto na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), propõe o início da transição em 2026. Nessa etapa, o IVA federal terá alíquota de 0,9%, e o IVA estadual e municipal, de 0,1%.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.