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Países pedem para Brasil tirar a COP30 de Belém devido aos ‘preços abusivos’ dos hotéis

Presidente da COP30 diz que o preço chega a ser 15 vezes superior ao cobrado normalmente; governo tenta sensibilizar setor

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Diversos países solicitam ao Brasil a mudança da COP30 de Belém devido a preços abusivos de hotéis.
  • Presidente da COP30, André Corrêa, destaca que valores chegam a 15 vezes mais que o normal.
  • Governo tenta negociar a redução dos preços, mas não há legislação para forçar mudanças.
  • Nova reunião está agendada para discutir soluções e logística para a conferência em novembro.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

COP 30 vai acontecer entre os dias 11 e 21 de novembro de 2025
COP 30 vai acontecer entre os dias 11 e 21 de novembro de 2025 Raphael Luz / Agência Pará - Arquivo

Diversos países estão pedindo para o Brasil mudar a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) de Belém para outra cidade devido à cobrança de “preços abusivos” pelos hotéis. A informação foi confirmada pelo presidente da COP30, André Corrêa, durante um encontro promovido pela AIE (Associação de Correspondentes Estrangeiros) em parceria com o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) nesta semana.

Na ocasião, Corrêa citou que alguns hotéis estão cobrando 15 vezes mais o valor de referência. O governo tenta sensibilizar o setor, mas segundo o presidente da COP30, não há uma legislação que obrigue os hotéis a baixarem o preço.


“Se na maioria das cidades onde as COPs aconteceram os hotéis passaram a pedir o dobro ou o triplo do valor, no caso de Belém, os hotéis estão pedindo mais de dez vezes os valores normais. Então há uma sensação literalmente de revolta dos países por essa insensibilidade, sobretudo por parte dos países em desenvolvimento, que estão dizendo que não poderão vir a COP por causa dos preços extorsivos, abusivos, que estão sendo cobrados”, afirmou.

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Corrêa admitiu que os preços estão superfaturados. “De fato, os preços de Belém, todo mundo que já entrou na internet já viu, estão completamente abusivos. Mas de dez vezes, em vários casos é quinze vezes o valor que os hotéis cobram normalmente”, lamentou.


O presidente da COP30 afirma que o governo tenta sensibilizar o setor hoteleiro. “Há um esforço muito grande do governo, a Casa Civil está coordenando, de conseguir convencer os hotéis de baixar o preço, porque a legislação brasileira não pode impor isso aos hotéis. Acredito que os hotéis não estão se dando conta da crise que estão provocando”, afirmou.

Entenda

A ONU (Organização das Nações Unidas) realizou, nesta semana, uma reunião urgente para debater os altos preços nas acomodações em Belém, no Pará, durante o período da COP30. Desde o início do ano, as preocupações com a logística atrapalham os preparativos para a cúpula, que será em novembro.


Países alegaram não poder arcar com os preços de hospedagem na cidade brasileira, que dispararam devido à escassez de quartos.

A organização da COP30 entrou em contato com o R7 e afirmou que uma nova reunião está agendada para o próximo dia 11 de agosto, “com o objetivo de dar continuidade ao diálogo sobre o conjunto de ações para a realização da COP30. Estarão em pauta temas como acomodação, transporte, segurança, alimentação e outros aspectos essenciais para o sucesso da conferência”.


“A Secretaria Extraordinária da COP30 reitera seu compromisso com a realização de uma conferência climática ampla, inclusiva e acessível. O plano de acomodação está sendo implementado em fases, com prioridade, nesta etapa, para as delegações que participarão diretamente das negociações oficiais da COP30.

Atualmente, estão disponíveis 2.500 quartos individuais com tarifas fixadas entre US$ 100 e US$ 600. A política de hospedagem foi estruturada da seguinte forma:

• 15 quartos individuais por delegação foram reservados para 73 países classificados pelas Nações Unidas como Países Menos Desenvolvidos (LDCs) e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEIDs), com tarifas entre US$ 100 e US$ 200;

• 10 quartos individuais por delegação, com tarifas entre US$ 220 e US$ 600, foram disponibilizados para os demais países."

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