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R7 Brasília

Pesquisa indica que 26% dos adultos brasileiros têm crenças antissemitas significativas

No mundo inteiro, a porcentagem chega a 46%, aproximadamente 2,2 bilhões de pessoas

Brasília|Do R7, em Brasília

Bandeira de Israel Fernando Frazão/Agência Brasil

A ADL (Liga Antidifamação), em colaboração com a Ipsos e outros parceiros, publicou uma pesquisa apontando que 26% dos adultos brasileiros e 46% dos adultos em todo o mundo sustentam atitudes antissemitas significativas.

No Brasil, cerca de 41,2 milhões de adultos apresentam altos níveis de sentimentos antissemitas.

Globalmente, 46% da população adulta, aproximadamente 2,2 bilhões de pessoas, possuem crenças antissemitas profundamente enraizadas, o dobro em comparação à primeira pesquisa realizada há uma década.

No Brasil, quase sete em cada 10 adultos (69%) têm opiniões favoráveis em relação aos judeus, superando a média regional (49%). No entanto, 75% acreditam que os judeus são mais leais a Israel do que ao Brasil, índice superior à média regional (62%).


Mais da metade (55%) acredita que os judeus têm muito poder nos negócios, e 35% acham que os judeus controlam os assuntos globais. Além disso, 20% dos brasileiros consideram os judeus responsáveis pela maioria das guerras do mundo.

O índice Global 100 da ADL, lançado em 2014, continua sendo o estudo mais abrangente sobre atitudes antissemitas. A pesquisa mais recente entrevistou 58.000 adultos de 103 cidades e territórios, representando 94% da população adulta global.


Desconhecimento do Holocausto

O estudo revelou que 20% dos respondentes nunca ouviram falar do Holocausto, e menos da metade (48%) reconhece a precisão histórica do evento. Entre os jovens de 18 a 34 anos, esse número cai para 39%.

Apesar dos resultados, a pesquisa destaca áreas em que os governos podem agir para reverter essas tendências. A maioria dos respondentes (57%) reconhece que o ódio contra os judeus é um problema sério no mundo.


Jonathan A. Greenblatt, CEO da ADL, afirmou que o antissemitismo é uma emergência global e que são necessárias novas intervenções governamentais, mais educação, salvaguardas adicionais nas mídias sociais e novos protocolos de segurança para evitar crimes de ódio antissemitas.

A pesquisa também revelou que 76% dos respondentes no Oriente Médio e Norte da África acreditam que a maioria das 11 alegações antissemitas são verdadeiras. Cerca de metade dos respondentes na Ásia (51%), Europa Oriental (49%) e África Subsaariana (45%) abrigam altos níveis de atitudes antissemitas.

Pontuações mais altas e mais baixas

Os países com as pontuações mais altas no índice incluem a Cisjordânia e Gaza (97%), o Kuwait (97%) e a Indonésia (96%), enquanto os com as pontuações mais baixas são a Suécia (5%), a Noruega (8%), o Canadá (8%) e os Países Baixos (8%).

Marina Rosenberg, vice-presidente sênior de assuntos internacionais da ADL, alertou que as crenças antissemitas estão se tornando normalizadas em todas as sociedades do mundo e que é necessário um esforço coletivo para confrontar e mitigar esse antissemitismo profundamente arraigado.

A pesquisa foi realizada entre 23 de julho e 13 de novembro de 2024, com amostras probabilísticas nacionalmente representativas em cada país ou território. A margem de erro é de 4,4% para amostras de tamanho 500 e de 3,2% para amostras de tamanho 1.000.

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