Polícia Federal adia depoimento de Deltan em ação que tramita no STF
Segundo a assessoria de Dallagnol, no depoimento, ele descobriu que foi intimado como investigado, por causa de uma entrevista
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou nesta sexta-feira (2) que o depoimento que prestaria hoje à Polícia Federal foi remarcado para a próxima segunda-feira (5). Segundo uma nota divulgada pela assessoria de Deltan, na hora do depoimento, o parlamentar descobriu que havia sido intimado para depor como investigado, por causa de uma entrevista concedida sobre o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral que cassou o mandato dele.
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"Não foi informado qual regra penal teria sido violada. Como o deputado só teve acesso à razão da investigação no momento do depoimento, e seu advogado só teve acesso aos autos instantes antes da audiência, esta foi remarcada para a segunda-feira. O deputado pediu ao seu advogado que solicite ao STF que o sigilo sobre o feito seja levantado, em prestígio à publicidade dos atos públicos e valoração da transparência", diz a nota.
Em 16 de maio, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o registro da candidatura de Dallagnol. Os ministros da Corte entenderam que ele pediu exoneração do cargo de procurador do Ministério Público para fugir de um julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que poderia impedi-lo de concorrer às eleições do ano passado. Assim, os ministros consideraram que o ex-procurador da Operação Lava Jato "frustrou a aplicação da lei".