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R7 Brasília

Polícia Militar do DF abre seleção para banca organizadora de concurso com 147 vagas

Segundo o anúncio, são 49 vagas imediatas, para ingresso até meados de 2025, e formação de cadastro reserva de 98 vagas

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Renato Alves / Agência Brasília -

A Polícia Militar do Distrito Federal publicou no Diário Oficial do DF desta segunda-feira (22) o aviso de contratação de banca organizadora para o concurso com 147 vagas para o Curso de Formação de Oficiais para posterior promoção ao posto de segundo-tenente, com salário de R$ 12.625,57. De acordo com o anúncio, são 49 vagas imediatas, com previsão de ingresso até meados de 2025, e formação de cadastro reserva de 98 vagas. O concurso visa suprir a carência destes profissionais para atividades nas áreas Administrativas e Operacionais da PMDF.

O concurso da PMDF terá cinco etapas:

• Provas objetiva e discursiva para todos os candidatos;

• TAF (Teste de aptidão física);

• Exames médicos;


• Exames psicológicos;

• Sindicância da vida pregressa e investigação social.


Segundo o anúncio, a banca organizadora escolhida deverá elaborar a prova objetiva de múltipla escolha com, no mínimo, 60 e no máximo 100 questões, com opções cada. “Caso a prova seja disposta em itens para que o candidato julgue “certo” ou “errado”, deverá conter no mínimo 300 itens e no máximo 500 itens”, determina o edital.

As empresas interessadas devem apresentar propostas de preço, juntamente com a declaração da capacidade técnica, entre os dias 23 de abril e 22 de maio.


Projeto de lei quer mudar regras dos testes físicos em concursos públicos

Após a morte da advogada Gabriela Contijo, de 27 anos, durante o TAF (Teste de Aptidão Física) da Polícia Militar do Distrito Federal, o deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF) protocolou um projeto de lei na Câmara que regula a realização das avaliações físicas, com proibição de testes em determinados horários e regras para investigar e identificar possíveis falhas nos processos.

O TAF é uma etapa comum em concursos para polícia, Corpo de Bombeiros e áreas similares. Ele serve para verificar se o candidato tem condições físicas adequadas para o cargo que deseja exercer. Atualmente, é o edital de cada concurso que define as regras e os exercícios exigidos no teste, porém, geralmente, envolvem barra fixa, abdominais e corrida.

Pela proposta, a banca examinadora deve ter uma equipe treinada em primeiros socorros para atendimento a emergências. Antes da prova, os candidatos serão submetidos a uma avaliação médica prévia, que deve ser realizada antes dos testes físicos, com o objetivo de detectar condições de saúde que possam representar riscos durante a realização dos testes. Além disso, o texto proíbe a aplicação do TAF nas horas mais quentes do dia, entre 10h e 16h.

Morte em prova da PMDF

A advogada Gabriela Contijo, de 27 anos, morreu em 29 de janeiro após ter um mal súbito durante o TAF da PMDF. Ela chegou a ficar internada em uma UTI (Unidade Terapia Intensiva), mas não resistiu. Segundo familiares, a jovem treinava todos os dias e não tinha problemas de saúde.

O mal-estar de Gabriela ocorreu durante o teste de corrida, por volta das 16h. Para as mulheres, o desempenho mínimo exigido no TAF era percorrer 2,2 km em até 12 minutos. Também foram realizados os testes de barra e flexão abdominal.

Na época, uma testemunha que viu Gabriela passar mal durante a corrida do teste afirmou à RECORD que o socorro demorou a chegar no local. A banca organizadora do concurso, o Instituto AOCP, alegou que a candidata foi atendida imediatamente pela equipe médica que acompanhava o teste.

O instituto informou que uma das regras do concurso exigia que todos os candidatos apresentassem um atestado médico, comprovando sua capacidade para realizar os testes físicos programados.

A jovem apresentou um atestado de aptidão física assinado por um cardiologista de Samambaia, declarando-a apta para esta etapa da seleção, conforme informado pela banca examinadora. A Polícia Civil ainda investiga o caso.


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