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R7 Brasília

Operações antibombas em Brasília caem pela metade em relação a 2023

Polícia Militar do DF fez 25 operações até o início de dezembro; ao longo de todo o ano passado, corporação atuou em 44 casos

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Esquadrão antibombas está disponível 24h por dia Mary Leal/Agência Brasília - arquivpo

A Polícia Militar do Distrito Federal realizou neste ano, até o início de dezembro, 25 operações antibombas, conhecidas como Operações Petardo. O número é quase metade do total de ocorrências de 2023, quando a corporação atuou em 44 episódios. No entanto, a PMDF alerta que embora as Operações Petardo “tenham diminuído em relação ao ano passado, o dado não reflete a realidade, tendo em vista que tem se observando o uso de explosivos de maneira cada vez mais agressivas e com fins criminosos, a exemplo das ocorrências deste ano no STF, Rodoviária Interestadual e na Cidade Ocidental”.

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Em anos anteriores, o número de operações foi mais baixo: 26, em 2022; 14, em 2021; e 24, em 2020.

As equipes do Esquadrão Antibombas do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) estão disponíveis 24 horas por dia, com condições de atuar em várias ocorrências simultaneamente.

O primeiro-tenente César Oliveira, comandante do Esquadrão Antibombas, explica que todo o Bope pode ser direcionado para atender esse tipo de demanda. Após a atuação do esquadrão, o artefato é levado para perícia a fim de identificar se o item realmente tinha potencial explosivo.


“A Polícia Militar tem investido muito na formação dos nossos operadores, inclusive com cursos em outros países, que sofrem demasiadamente com ataques terroristas ou extremistas ou mesmo aqui, no Brasil, em estados que estão no combate ao domínio de cidades”, afirmou Oliveira.

Custos e como acionar a polícia

Segundo o tenente, a corporação busca renovar os equipamentos antibombas. No ano passado, por exemplo, a PMDF lançou várias licitações para compras de diversos equipamentos. O material é utilizado em buscas, varreduras e nas demais Operações Antibombas, permitindo desde uma desde aproximação remota da equipe, até o manuseio de objetos. A corporação explica que o investimento em equipamentos antibombas, neste ano, foi de cerca R$ 1 milhão, “a primeira compra de Equipamentos Antibombas da história da PMDF”. “Apesar disso, mais investimentos precisam ser feitos e estão em andamento”, diz a corporação.


O primeiro-tenente César Oliveira orienta que em casos de suspeitas de bombas, a população deve ligar para o 190.

“Assim, uma equipe da PMDF vai atender a ocorrência e avaliar a necessidade de acionar o Bope. Sempre destacando que a prática de trotes é crime [sujeito a multa]. Além disso, em caso de suspeita, a pessoa deve se afastar e, se possível, isolar o local e o artefato, além de já acionar o 190″, reforçou.


Episódios de bombas no DF

Este ano, a Operação Petardo foi acionada, por exemplo, para o atentado protagonizado por Francisco Wanderley Luiz, que jogou bombas em direção ao STF (Supremo Tribunal Federal) e se explodiu em frente ao prédio. O caso aconteceu em 13 de novembro.

Entre outros episódios relatados, houve duas ameaças de bomba na Embaixada da Rússia, em julho e abril. O primeiro caso aconteceu após uma ligação anônima informar sobre a suposta presença de um artefato no local. Os trabalhadores acionaram a polícia, que não encontrou nenhum objeto.

Em julho, o suposto artefato explosivo estaria em um túnel que dá acesso ao prédio da embaixada, mas outra vez a Operação Petardo descartou a presença de bomba.

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