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Professor da UnB xinga, agride, quebra celular e ameaça namorada no Distrito Federal

Justiça concedeu medida protetiva e homem está impedido de se aproximar da vítima e das filhas dela 

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília


Delegacia Especializada da Mulher
Delegacia Especializada da Mulher

Após denúncia, a Justiça do Distrito Federal concedeu medida protetiva à namorada de um professor da Universidade de Brasília (UnB) que a xingou, a agrediu e a ameaçou de morte. Com isso, o suspeito tem de manter pelo menos 500 metros de distância da mulher e das duas filhas dela.

O casal mantém relacionamento afetivo há dois anos, mas os dois são amigos há pelo menos 25 anos. Na semana passada, eles chegavam ao condomínio onde o homem mora, em Taguatinga. No térreo, um vizinho cumprimentou a mulher, que retribuiu a saudação.

Agressão e ameaça

Depois disso, o professor e a namorada subiram para o apartamento. De acordo com o relato da vítima, dentro do imóvel o namorado teve uma crise de ciúmes e houve uma sequência de atos violentos. Por conta da interação com o morador, o namorado passou a xingá-la e agredi-la com chutes. Em seguida, tomou o celular dela e o arremessou contra a parede.

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O professor usou ainda uma faca para ameaçar a namorada. Em meio ao acesso de fúria, ele declarou: "Se você for à delegacia, eu vou te matar". Então, o homem usou a faca para furar o colchão. A mulher tentou deixar o local, mas ele não permitiu. Ela só conseguiu escapar depois de oito horas no apartamento, para a casa de uma amiga.

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A vítima registrou o boletim de ocorrência na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam), em Ceilândia, e ingressou com o pedido de medida protetiva. Ele não prestou depoimento.

Medida protetiva

A juíza Nádia Vieira de Mello Ladosky, do Juizado de Violência Doméstica, ressaltou que, a princípio, em casos de violência doméstica, "deve-se privilegiar a palavra da vítima, considerando sua situação de vulnerabilidade em relação ao agressor".

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"Estão presentes os requisitos autorizadores ao deferimento de medidas protetivas de urgência em favor da vítima, uma vez que, pelo menos a priori, sofre risco atual ou iminente à sua vida ou à sua integridade física ou psicológica, tendo em vista a prática, em tese, de uma infração penal que se insere no conceito de violência doméstica e familiar contra a mulher", escreveu a magistrada. 

Ladosky ainda ampliou o efeito das medidas protetivas às duas filhas da vítima, fruto de outro relacionamento. Com isso, o suspeito tem de manter pelo menos 500 metros de distância das três, além de ter sido proibido de manter contato com elas por qualquer meio.

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A magistrada determinou que policiais militares do 2º Batalhão, em Taguatinga, deverão monitorar e acompanhar a vítima no âmbito do Programa de Policiamento Orientado à Violência Doméstica (Provid). A mulher e o agressor terão de comparecer a uma reunião do Grupo de Acolhimento e Avaliação (GAV) no Núcleo de Assessoramento sobre Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Nerav).

O que diz a UnB

A violação das medidas protetivas é crime e prevê pena de detenção de 3 meses a 2 anos. Procurada, a UnB informou que "não recebeu comunicado formal, protocolado por meio de seus canais oficiais, sobre as denúncias". O professor é docente associado da Faculdade de Medicina, e especialista em cardiologia e endocrinologia. Ele está vinculado à universidade desde 2010.

"Em ações que extrapolam a alçada administrativa da UnB, dentro das prerrogativas legais, cabe aos órgãos competentes tomar as providências necessárias. De toda forma, é importante frisar que a Administração Superior da UnB repudia todo e qualquer ato de violência contra as mulheres."

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