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Ribeiro disse ser amigo de pastores mesmo após denunciá-los à CGU

Os dois religiosos são acusados de atuar no Ministério da Educação para direcionar verbas; ministro afirmou que tentou despistar

Brasília|Renato Souza e Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Durante um culto no ministério Gideões Missionários da Última Hora, realizado em outubro do ano passado, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de tráfico de influência junto à pasta, atuavam em Brasília e que mantinha com eles uma relação de amizade.

"Quero agradecer o honroso convite que eu tive aqui da liderança deste nosso encontro, minha amizade ao pastor Gilmar, Arilton, que estão lá em Brasília, mais perto", disse o ministro durante o evento, realizado em 16 de outubro. A declaração faz referência à proximidade da atuação de ambos os religiosos com o governo, na capital federal.

Milton Ribeiro, ministro da Educação
Milton Ribeiro, ministro da Educação Milton Ribeiro, ministro da Educação

No mesmo culto, o pastor Gilmar Santos afirmou que tem relação de profunda amizade com o ministro. Arilton também estava presente no evento. "Nestes últimos anos, Deus me deu este privilégio de comungar uma comunhão e uma amizade muito sólida com o pastor Milton Ribeiro. Eu admiro o pastor Milton Ribeiro... Minha gratidão ao pastor Arilton, pastor da nossa convenção que é nosso elo, nossa base ali em Brasília", disse ele.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Record nesta quarta-feira (23), o ministro declarou que há sete meses já havia pedido uma investigação formal à CGU (Controladoria-Geral da União) sobre as suspeitas de tráfico de influência em prol dos dois pastores, que não têm cargo público. Questionado sobre encontros com os suspeitos, Ribeiro disse que tentou despistar.

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A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a instauração de um inquérito para investigar a atuação dos religiosos no Ministério da Educação. Em uma gravação de áudio, publicada pela Folha de S.Paulo, Ribeiro diz priorizar os dois pastores para a liberação de verbas, que seriam destinadas à construção de igrejas.

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