Licença de Eduardo chega ao fim, mas deputado segue nos EUA sem previsão de retorno
Político voltará a receber salário mesmo no exterior; há risco de perda do cargo por número de faltas
Brasília|Lis Cappi e Rute Moraes, do R7, em Brasília

A licença do cargo de deputado solicitada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) termina neste domingo (20), mas o político segue nos Estados Unidos, sem previsão de retorno ao Brasil.
Com a retomada do mandato, Eduardo volta a receber salário, mesmo se não comparecer à Câmara. O valor bruto dos vencimentos é de R$ 46.366,19.
Esse montante pode ser reduzido em caso de ausências nas votações em plenário, mas o salário não terá desconto até o fim de julho, pela falta de sessões durante o recesso do Congresso Nacional.
O deputado não deve abrir mão do cargo nem voltar ao Brasil, conforme nomes próximos a ele têm reforçado. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Eduardo, defendeu que ele decida os próximos passos com calma.
“Estão antecipando uma situação que o Eduardo não precisa se posicionar agora. Está óbvio, está na responsabilidade dele. Ele vai tomar a decisão, mas, não, isso não acontece imediatamente”, afirmou o senador a jornalistas, na última quinta-feira (17).
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O ex-presidente Jair Bolsonaro também tem defendido que o filho não retorne ao Brasil pelo risco de que possa ser preso. “Se Eduardo vier para cá, ele está preso. Ou não está? Pelo que eu sei, ele não vem para cá. Vai ser preso no aeroporto”, afirmou Bolsonaro, também na quinta.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do parlamentar para um posicionamento sobre o fim da licença, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Afastamento do cargo
Eduardo pediu afastamento do cargo em março por um período de 120 dias. O prazo é o maior possível para ausência, sem perda da função.
Durante a licença, as atividades ficaram com o suplente, deputado Missionário José Olimpo (PL-SP), que agora devolverá o cargo. A troca deve ser oficializada em julho, mesmo com o recesso parlamentar, conforme ressaltou a Câmara ao R7.
“Sempre que o titular retorna ao mandato, o suplente deixa de exercê-lo. Com a reassunção do titular, o suplente é afastado automaticamente”, explica a Casa.
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