Servidor do MPU é investigado por receber propina para beneficiar empresa em licitação
Polícia Civil do DF investiga irregularidades em contrato com empresa de alimentação hospitalar
Brasília|Do R7, em Brasília
A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) cumpriu um mandado de busca e apreensão, na manhã desta sexta-feira (1º), na casa de um servidor do MPU (Ministério Público da União) suspeito de receber propina para direcionar contratos de licitação. Os agentes encontraram irregularidades em um contrato de uma empresa de alimentação hospitalar.
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A ação foi realizada com apoio do Ministério Público do DF e é a segunda fase da Operação Escudero. Segundo a apuração da polícia, o servidor teria beneficiado empresas enquanto era assessor-chefe de gabinete da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPDFT.
A primeira fase da operação foi deflagrada em agosto, com indícios que o servidor tenha recebido propina para defender os interesses de uma das empresas contratadas pelo Iges (Instituto de Gestão Estratégia em Saúde). No decorrer das investigações, foram “observadas fortes evidências que o analista recebia as vantagens indevidas por intermédio de terceiras pessoas”.
Os investigados podem responder pelo crime de corrupção passiva e ativa, lavagem de capitais e, se condenados, podem pegar 30 anos de prisão.
Em nota ao R7, o Iges disse que está atuando com “rigor e austeridade para enfrentar todas as irregularidades contratuais” da empresa de alimentação hospitalar. “Os serviços prestados por essa empresa são de extrema importância para o funcionamento regular das unidades de saúde sob gestão do Iges-DF, sobretudo, para os pacientes, uma vez que a alimentação é condição indispensável para o tratamento médico”, informam.
“De tal forma, o IgesDF, dentro das normas contratuais e da legislação vigente cabível, tem agido para obrigar a empresa a cumprir suas responsabilidades contratuais, visando o não desabastecimento das unidades. Além disso, ressalta-se que a Diretoria do IgesDF tem buscado o apoio dos órgãos de controle para encontrar uma solução que não cause desassistência e prejuízo aos pacientes, bem como vem atuando em conjunto com a Secretaria de Saúde na construção de medidas efetivas para a situação”, diz texto.
A nota acrescenta que o servidor do MPU investigado “não possui qualquer vínculo com esta Instituição. Portanto, não nos cabe manifestar sobre a conduta do servidor em apuração pelas autoridades. É importante destacar que o IgesDF repudia toda e qualquer atitude ilícita, seja de colaborador ou qualquer outra pessoa envolvida na Operação Escudero”, finaliza.