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Sonegação de impostos faz polícia investigar donos de supermercados

Grupo usava laranjas e empresas de fachada para não pagar ICMS; são 32 mandados de busca e apreensão no DF, Goiá e Minas Gerais

Brasília|Do R7, em Brasília

Operação Celare
Operação Celare Operação Celare

A Polícia Civil realiza nesta quinta-feira (17) uma operação contra um grupo de donos de supermercados suspeito de sonegar impostos no Distrito Federal. Desde as primeiras horas da manhã, 160 agentes cumprem 32 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos no DF, em Goiás e Minas Gerais.

As ações da Operação Celare ocorrem nas residências, empresas e nos escritórios de contabilidade. O objetivo é reunir provas mais robustas que apontem a participação específica de cada integrante da organização nos crimes investigados. A polícia também busca por valores para ressarcir os prejuízos aos cofres públicos.

A apuração sobre o grupo começou em 2018, depois que os investigadores identificaram um modo de agir parecido com o de outra organização que fraudava a declaração dos impostos e que foi combatida na Operação Invoice, em julho daquele ano.

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Desta vez, os indícios de sonegação foram apontados em um relatório da Receita, entregue à PCDF. Para deixar de pagar o ICMS sobre a compra de mercadorias, os proprietários da rede de supermercados varejista abriam empresas atacadistas de fachada em nome de laranjas.

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Os atacadistas simulavam a venda de produtos para supermercados e declaravam à Receita que haviam recolhido o imposto, o que era falso. Elas se colocavam como substitutas tributárias, o que beneficiava os varejistas – que lucravam com a situação, já que não pagavam os tributos.

O esquema era orquestrado para potencializar os ganhos: os laranjas eram em geral pessoas de poucos recursos. Com isso, as autoridades não poderiam cobrar deles as altas dívidas das empresas atacadistas. Enquanto isso, o cadastro dos varejistas estava em dia.

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A investigação reuniu mais indícios das irregularidades. Por meio de documentos como procurações, os agentes constataram que os sócios e proprietários das empresas varejistas e atacadistas se misturam.

O grupo criminoso vai responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, uso de documento falso e falsidade ideológica. Se forem condenados, podem pegar até 23 anos de prisão.

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