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Tarifaço, críticas a Bolsonaro e a Israel: veja principais pontos da reunião ministerial de Lula

Presidente convocou reunião para alinhar discurso com os ministros e cobrar defesa dos titulares nos projetos do governo

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Reunião ministerial convocada por Lula para alinhar discurso e defender projetos do governo.
  • Lula criticou a família Bolsonaro por apoio às sanções de Trump e exigiu defesa da soberania nacional.
  • O presidente expressou solidariedade ao ministro Lewandowski após a suspensão de seu visto pelos EUA.
  • Lula também condenou os ataques de Israel em Gaza, destacando a necessidade de uma nova governança global.

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Lula convocou ministros nesta terça-feira para alinhar discurso Ricardo Stuckert / PR

Tarifaço, críticas à família Bolsonaro devido ao apoio as sanções de Donald Trump, declarações contra os ataques de Israel a Gaza e cobrança a ministros. Esses foram alguns dos principais pontos da reunião ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (26) no Palácio do Planalto.

Na reunião, foram apresentados os projetos prioritários do governo que Lula quer entregar até o fim do ano e começo de 2026. Ele também cobrou que os ministros defendam a soberania nacional e apresentam em suas agendas entregas para além das suas pautas, mas citem as conquistas gerais do governo.


Além do presidente Lula, também deram declarações o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e a ministra das Relações Institucionais.

O governo federal agora articula novas reuniões setoriais com os ministérios. Estão previstos cinco encontros separados de Lula com as pastas ligadas ao Social, Infraestrutura, Desenvolvimento e Institucional.


Desafios

No encontro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, avaliou alguns desafios do governo até o fim de 2026 e reforçou a importância da população conhecer as entregas realizadas pelo governo federal. O motivo principal do encontro foi justamente para alinhar o discurso do Executivo em diversas frentes.

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Os principais pontos de ação listados pelo ministro foram: foco nos anúncios já feitos, apresentação das entregas concretas à população, diferenças em relação a governos anteriores e ampliação da presença do governo federal nos estados.


Na abertura, Lula chegou a cobrar que os ministros façam declarações em suas falas em defesa a soberania nacional. A fala foi feita no contexto das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. Segundo Lula, Trump age como se fosse o imperador do mundo.

“O governo dos Estados Unidos tem agido como se fosse o imperador do planeta Terra. Ou seja, é uma coisa descabida, porque eu não vou repetir o que eu já falei sobre o Brasil, mas ele [Trump] continua fazendo ameaças ao mundo inteiro”, disse.


“Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro, mas não aceitamos desaforo, ofensas e petulância de ninguém. Se a gente gostasse de imperador, a gente não tinha acabado com o império. Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia. A gente não quer mais. A gente quer esse país democrático, soberano e republicano, que foi o que aprendemos a construir”, afirmou.

Críticas a família Bolsonaro

Ainda no contexto do tarifaço, Lula fez críticas diretas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) devido à articulação do parlamentar em favor das sanções impostas pelo presidente norte-americano.

“Fiz uma relação dos maiores traidores da história da humanidade. O que está acontecendo hoje no Brasil com a família do ex-presidente [Jair Bolsonaro] e com o comportamento do filho dele nos Estados Unidos [Eduardo Bolsonaro], é possivelmente uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”, afirmou.

Lula acrescentou que Eduardo já deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados, pois “insufla com mentiras e hipocrisia um outro Estado contra o Estado Nacional do Brasil”.

Sobre a relação com os Estados Unidos, o chefe do Palácio do Planalto também prestou solidariedade ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que teve o visto suspenso no país.

“Queria dizer ao companheiro Lewandowski da minha solidariedade - e a do governo - a você, por conta do gesto irresponsável dos Estados Unidos de cassar o teu visto. Na verdade, acho que eles estão deixando de receber uma personalidade da tua competência e sua capacidade. É vergonhoso para eles e não para você”, disse.

“Essas atitudes são inaceitáveis, não só contra o Lewandowski, mas contra todos os ministros da Suprema Cortee contra qualquer personalidade brasileira”, declarou.

Distanciamento diplomático

O chefe do Palácio do Planalto também direcionou críticas a Israel devido aos ataques em Gaza. As declarações de Lula ocorrem no mesmo dia em que o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, fez publicação nas redes sociais classificando o brasileiro como “antissemita” e “apoiador do Hamas”.

“A continuidade de genocídio na faixa de Gaza - que não para, todo dia temos novidade, todo dia mais gente morre, todo dia crianças que estão com fome aparecem na mídia, - com crianças totalmente esqueléticas que são assassinadas como se estivessem em guerra, como se fossem do Hamas”, disse Lula.

O presidente acrescentou que por isso insiste em mudanças na ONU (Organização das Nações Unidas). “Vocês percebem que a fragilidade do mundo é tão grande, da governança global, que ninguém toma atitude. Por isso que estamos há muito tempo reivindicando essa questão de mudança da governança da ONU para que ela tenha interferência de parar um genocídio como esse, de parar uma guerra ou de evitar uma guerra. A governança mundial deve ser repensada e fortalecida com a entrada de muitos outros membros”, defendeu.

Perguntas e Respostas

Quais foram os principais pontos discutidos na reunião ministerial de Lula?

A reunião ministerial de Luiz Inácio Lula da Silva abordou a tarifação, críticas à família Bolsonaro, declarações sobre os ataques de Israel a Gaza e a cobrança de defesa dos ministros em relação aos projetos do governo. Lula apresentou os projetos prioritários que deseja entregar até o final do ano e início de 2026, além de solicitar que os ministros defendam a soberania nacional e apresentem as conquistas do governo.

Quem participou da reunião e quais foram suas contribuições?

Além do presidente Lula, participaram o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda Fernando Haddad, o ministro da Casa Civil Rui Costa, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e a ministra das Relações Institucionais. Rui Costa destacou a importância da população conhecer as entregas do governo e listou os principais pontos de ação, como a apresentação de entregas concretas e a ampliação da presença do governo federal nos estados.

Qual foi a posição de Lula em relação às tarifas impostas pelos Estados Unidos?

Lula criticou as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, afirmando que o governo americano age como se fosse o imperador do mundo. Ele defendeu relações cordiais, mas não aceitou ofensas e desrespeito. Lula enfatizou a necessidade de um Brasil democrático e soberano, rejeitando qualquer forma de imperialismo.

O que Lula disse sobre a família Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro?

Lula fez críticas diretas ao deputado Eduardo Bolsonaro, chamando sua articulação em favor das sanções impostas por Donald Trump de uma das maiores traições que uma pátria pode sofrer. Ele afirmou que Eduardo deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados por insuflar mentiras contra o Estado Nacional do Brasil.

Como Lula se posicionou em relação ao ministro Ricardo Lewandowski e sua situação com os Estados Unidos?

Lula expressou solidariedade ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que teve seu visto suspenso nos Estados Unidos. Ele considerou a atitude dos EUA como vergonhosa e inaceitável, não apenas para Lewandowski, mas para todos os ministros da Suprema Corte e personalidades brasileiras.

Quais foram as críticas de Lula em relação aos ataques de Israel a Gaza?

Lula criticou os ataques de Israel em Gaza, descrevendo a situação como um genocídio. Ele mencionou a morte de crianças e a necessidade de uma governança global mais eficaz para evitar guerras e genocídios. Lula defendeu a reformulação da governança da ONU para que possa intervir em situações de crise como essa.

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