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R7 Brasília

‘Todas as pessoas têm direito de se defender e provar inocência’, diz Lula sobre ex-ministro

Juscelino Filho pediu demissão nessa terça após denúncia da PGR acusá-lo de suposto desvio de verbas na Codevasf

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Juscelino estava no governo Lula desde o início do mandato Ricardo Stuckert/PR - 15.1.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (9) que o ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho tem o direito de se defender e provar a própria inocência. Juscelino pediu demissão nessa terça-feira (8), após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao STF (Supremo Tribunal Federal), na investigação sobre desvio de recursos públicos destinados a obras da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), quando ele era deputado federal.

“É uma prática desde o primeiro mandato, que todas as pessoas têm o direito de se defender e provar sua inocência, mas toda vez que um ministro é denunciado pelo procurador-geral é uma política só, que ele se afaste do governo para poder provar sua inocência e não comprometer o dia a dia do governo, que é de muito trabalho, de muita coisa prática. E nosso ministro Juscelino é deputado federal, acredita que vai provar a inocência dele e é tudo isso que eu quero”, declarou Lula a jornalistas em Tegucigalpa, capital de Honduras, após a 9ª Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

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A denúncia da PGR foi direcionada ao gabinete do relator do caso, ministro Flávio Dino, como apurou o R7. A defesa do ex-ministro negou as denúncias.

Segundo a investigação da Polícia Federal, Juscelino teria atuado para beneficiar uma empreiteira vinculada a políticos e apontada como parte de um suposto cartel envolvido em fraudes. As verbas em questão foram destinadas por meio de emendas parlamentares quando o agora ex-ministro exercia mandato de deputado federal.


Possível sucessor

Lula também informou que vai se reunir com o União Brasil, partido de Juscelino, quando voltar ao Brasil, nesta quinta-feira (10). A ideia é que o Ministério das Comunicações siga com a legenda. Um dos nomes cotados é o do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (MA), líder da sigla na Câmara dos Deputados.

O petista sinalizou que pode escolher Pedro Lucas para comandar a pasta. “Da mesma forma que o União Brasil tem o direito de me indicar o sucessor, que é do União Brasil. Já tenho o nome, conheço o Pedro Lucas. Vou voltar para o Brasil e vou conversar com o União Brasil e, se for o caso, já discuto a nomeação dele”, afirmou, ao destacar que deve chamar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para a conversa.


“Depois vou convocar o Alcolumbre e algum dirigente do União Brasil para conversar. É uma coisa tranquila, isso não está dentro do processo de mudança no governo que vou fazendo no tempo que eu tiver interesse de fazer. Não tenho data, prazo, não tenho uma decisão. Vou fazendo na hora que achar que tem que mudar as coisas”, completou o petista.

Demissão não puxa reforma ministerial

Nesta quarta, Lula também negou que a saída de Juscelino do governo signifique uma reforma ministerial.


“Não precipita. Qualquer mudança no governo é uma decisão unilateral do presidente. A não ser que um partido que tenha ministro queira tirar o ministro, tem o direito de dizer que não quer mais o ministro e indicar outro. As coisas vão ser feitas com muita tranquilidade porque a gente está vivendo um bom momento. Na economia, na política, temos coisas importantes para ser votadas. Estou prazerosamente feliz, o Brasil continua crescendo, as coisas estão indo bem, há muito investimento no Brasil”, acrescentou.

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