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R7 Brasília

Vídeo: extremista saca dinheiro em caixa eletrônico do Palácio do Planalto no 8 de Janeiro

Homem com bandeira do Brasil enrolada no corpo fez o saque no equipamento que fica no 3º andar da sede do Executivo

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Extremista saca dinheiro no Palácio do Planalto durante atos de 8 de janeiro
Extremista saca dinheiro no Palácio do Planalto durante atos de 8 de janeiro

Imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto obtidas pela Record TV mostram um dos invasores da sede do Executivo ao sacar dinheiro durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro. Enrolado em uma bandeira do Brasil e com um boné amarelo, o homem usou um caixa eletrônico do 3º andar da sede do Poder Executivo (veja no vídeo abaixo).

O vídeo obtido pela Record TV não mostra o manifestante ao depredar itens do Palácio do Planalto, apesar de ele ter invadido o local com outros vândalos.

As imagens das câmeras da sede do Poder Executivo também captaram momentos em que o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias, conversa com os invasores. Ele pediu demissão do cargo na tarde desta quarta-feira (19), após a divulgação das imagens. É a primeira baixa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Material genético

Também nesta quarta-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a coletar material genético (saliva), datiloscópico (digitais) e fotográfico de todos os identificados que foram presos ou indiciados por atos extremistas em 8 de janeiro e a acessar o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais.


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Segundo o ministro, para a potencializar os resultados, na correta identificação dos criminosos e individualização de suas ações, é necessário combinar os vestígios biológicos com as informações genéticas dos presos, assim como comparar suas imagens e fotografias com as filmagens dos prédios dos Três Poderes da República.

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o Supremo determinou a instauração de quatro inquéritos: o relativo aos financiadores dos atos; outro sobre os que incentivaram a prática dos atos; um sobre os autores intelectuais do ato; e o que apura a suposta omissão de autoridades.


Investigações

Em julgamento desde terça-feira (18), quatro ministros do STF já votaram para que os cem primeiros denunciados pelos atos extremistas se tornem réus. Os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Cármen Lúcia seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes.

O julgamento deve prosseguir até a próxima segunda (24). As denúncias fazem parte de vários inquéritos que tramitam na Corte. Em um deles, há investigação sobre o planejamento e a responsabilidade intelectual dos atos. Outro investiga os participantes da invasão que não foram presos em flagrante durante os atos que resultaram na depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do prédio do STF.

As ações de vândalos em 8 de janeiro completaram cem dias na última terça (18). Os prejuízos materiais acumulam mais de R$ 20,7 milhões. Das 1.390 pessoas que foram presas, 294 continuam em cárcere privado — 208 homens e 86 mulheres.

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