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MST: Justiça autoriza prisão de segundo suspeito de ataque a assentamento

Mais cedo, o homem apontado como chefe do ataque teve a prisão temporária decretada

São Paulo|Thays Martins, do R7, em Brasília

Velório das vítimas foi neste domingo (12) Douglas Mansur / Comunicação MST

A Justiça de São Paulo aceitou, neste domingo (12), o pedido de prisão temporária feito pela Polícia Civil contra mais um suspeito de envolvimento no ataque contra o assentamento Olga Benário, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Tremembé (SP). Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas. Segundo o governo de São Paulo, diligências estão sendo feitas para prender o suspeito e outros envolvidos.

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Mais cedo, o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decretou a prisão temporária de Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”. Ele foi preso ontem (11) e é apontando como o chefe do ataque. Segundo as investigações, o crime teria sido motivado por um desentendimento sobre a negociação de um terreno na área do assentamento.

Uma outra pessoa chegou a ser presa por porte ilegal de arma de fogo. Mas, até o momento, a ligação direta com o crime foi descartada. Segundo a polícia, o indício é de que ele teria ido ao local prestar socorro às vítimas.

O ataque aconteceu na sexta-feira (10) a noite e deixou dois mortos e seis feridos. O velório das vítimas, Valdir do Nascimento, o Valdirzão, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, 28, foi neste domingo e contou com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, representando o presidente Lula, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Paulo Teixeira, e a secretaria-executiva da Secretaria Geral da Presidência, Kelli Mafort, representando o ministro Márcio Macedo.


Também estiveram presentes os deputados federais Juliana Cardoso (PT-SP) e Nilto Tatto (PT-SP) e a deputada estadual Ana Perugini (PT).

Desde ontem, o ministro Paulo Teixeira está na cidade para acompanhar o caso. Ele foi enviado pelo presidente Lula. Neste domingo, o ministro disse acreditar que os autores do ataque tinham a intenção de subtrair um lote de terra do assentamento rural, legalizado para a reforma agrária.


“Eles [os membros do MST] estavam dentro do assentamento, não estavam perturbando ninguém. E [os atiradores] quiseram subtrair um lote, eles [os assentados] foram defender o lote. Isso aconteceu às cinco da tarde. Às oito da noite, chegou esse grupo de vândalos e atirou, levando à morte já dois desses assentados”, disse Teixeira em entrevista coletiva em Tremembé.

Uma equipe da Polícia Federal, com agentes, perito e papiloscopista, também foi enviada ao local. O MPSP (Ministério Público de São Paulo) informou que diante da gravidade do caso, a Procuradoria-Geral de Justiça designou o promotor Alexandre Mourão Mafetano para acompanhar as investigações. Ele atuará em junto a “promotora natural do caso, Daniela Michele Santos Neves, para que, assim, o MPSP ofereça à sociedade paulista pronta resposta a este episódio de violência inaceitável”.

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