Em semana de quedas consecutivas, o dólar fechou nesta sexta-feira (24) a R$ 5,91, uma variação de 0,13%. A baixa ocorre em meio as avaliações do governo federal em reduzir o imposto de importação para conter a alta dos alimentos e da postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China. Desde que Trump assumiu a presidência, o dólar vem operando em queda. Pela primeira em mais de um mês a moeda fechou abaixo de R$ 6 na quarta-feira (22).Ainda no cenário internacional, o dólar continuou operando queda após o discurso mais brando de Trump sobre a China. “Eu preferiria não ter que usar as tarifas, mas é um poder enorme sobre a China”, disse o americano à Fox News. Com isso, a moeda chinesa, o yuan, ganhou força.No caso do real, os resultados positivos do setor externo brasileiro em dezembro ajudaram a fortalecer a moeda.Nesta quinta-feira, Trump afirmou que o presidente chinês, Xi Jinping ligou para ele e, entre os temas da conversa, esteve a possibilidade de uma resolução para o conflito entre Rússia e Ucrânia.Na contramão do que era esperado, o empresário ainda não anunciou novas taxas de importação a parceiros comerciais. Durante a campanha, o presidente chegou a dizer que taxaria produtos importados em até 60%, o que gerou uma tensão na diplomacia global, principalmente com a China. No caso do Canadá, Trump indicou uma taxa de 25%.Em meio a alta dos preços dos alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu por mais de duas horas nesta sexta-feira (24) com diversos ministros para debater uma solução. Por enquanto, não há uma proposta definida, mas integrantes do Executivo falam em eventual redução de alíquotas de importação de produtos na comparação dos mercados nacional e internacional e sobre o custo de intermediação da empresa com o trabalhador em relação ao cartão alimentação.Por outro lado, a prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), desacelerou na passagem de dezembro para janeiro e marcou 0,11%, o menor nível para o mês da série histórica iniciada em 1994, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).Os preços subiram em ritmo menor em razão da queda do custo com energia elétrica residencial, agora com tarifária bandeira verde em vigor.