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BC mantém taxa básica de juros em 6,5% ao ano pela 10ª vez seguida

Decisão tomada por todos membros do Copom segue as expectativas de mercado, que aposta na queda dos juros básicos até o final deste ano

Economia|Do R7

Decisão mantém a Selic no menor nível da história
Decisão mantém a Selic no menor nível da história

O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), decidiu nesta quarta-feira (19) pela 10ª manutenção consecutiva da taxa básica de juros da economia brasileira no patamar de 6,5% ao ano.

Com o veredito, a Selic permanece no menor nível da história desde março do ano passado, quando o Copom reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, para os atuais 6,5% ao ano.

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Votaram pela manutenção da taxa o presidente do BC, Roberto Oliveira Campos Neto, e dos diretores Bruno Serra Fernandes, Carlos Viana de Carvalho, Carolina de Assis Barros, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza e Tiago Couto Berriel.


"O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2019 e, principalmente, de 2020", afirma o BC.

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A decisão do Copom vai em linha com as expectativas do mercado financeiro, que apostava justamente na manutenção da Selic nesta reunião. Para os próximos quatro encontros deste ano, o grupo de economistas consultados semanalmente pelo Banco Central aposta no corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, que deve finalizar 2019 no patamar de 5,75%, o menor da história nacional. 

Para justificar a decisão desta quarta-feira, o Copom afirma que “a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente” e destaca que uma possível redução dos juros dependerá da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.


De acordo com o Copom, a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira como fatores "essenciais" para a queda dos juros estruturais e a recuperação sustentável da economia.

Juros básicos

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

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Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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