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Black Friday 2023 será melhor em vendas que a do ano passado para 55% dos varejistas

Pesquisa feita pelo Reclame Aqui indica otimismo do setor; uma das tendências é o pagamento à vista com desconto via Pix  

Economia|Do R7

Setor varejista está otimista com as vendas da Black Friday
Setor varejista está otimista com as vendas da Black Friday

Apesar de ter enfrentado dificuldades durante todo o ano, o setor de varejo está otimista para a Black Friday 2023, com 55% dos varejistas à espera de melhores resultados nas vendas deste ano do que nas do ano passado, como mostra pesquisa feita pela plataforma Reclame Aqui em parceria com a empresa de tecnologia Linx. Em 2022, houve queda em torno de 30% no faturamento dos comerciantes, em comparação com o ano anterior.

Um dos motivos desse olhar mais positivo é o fato de a rejeição à data ter diminuído entre os consumidores, pois o levantamento revela que 75% ainda não decidiram se vão mesmo fazer compras. Participaram da pesquisa 9.500 usuários da plataforma, no mês de agosto, e a maioria citou a busca por bons preços como fator decisivo para a aquisição de produtos. 

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As pessoas que disseram ter a intenção de comprar na Black Friday afirmaram que devem gastar mais agora do que na edição passada, o que cria uma expectativa de crescimento do tíquete médio. Segundo o Reclame Aqui, os resultados mostram oportunidades para os varejistas se organizarem para conquistar os consumidores, apostando principalmente em promoções.


Edu Neves, CEO e cofundador da plataforma, fala que há uma sintonia entre as intenções dos consumidores e o movimento do varejo, o que considera uma boa surpresa. “O primeiro semestre deste ano foi muito duro, mas, ainda assim, o que vemos é o consumidor menos avesso às compras. Com 75% de indecisos em relação à data, temos o menor índice de rejeição dos últimos três anos."

Ele afirma que, sobre os consumidores, o que deve ser observado é que sua intenção de compra está atrelada à confiabilidade nas empresas, à disposição para gastar e à pesquisa e ao monitoramento de preços.


"A pesquisa mostra que 76% dos consumidores começaram a monitorar preços há pelo menos seis meses, ou seja, o consumidor vai para a Black Friday com um bom raio-X dos preços do primeiro semestre em mente”, analisa Neves.

Reflexo do momento

Segundo a plataforma Reclame Aqui, que monitora a reputação e a confiança dos clientes nas empresas, a Black Friday, maior data do varejo brasileiro, reflete o movimento social e econômico atual. Isso pode ser ilustrado pelos últimos três anos, em que os consumidores mostraram comportamentos bem definidos na data.

Na pandemia, em 2020, a população usou suas reservas para equipar a casa, investindo em móveis e eletrodomésticos. Em 2021, foi a vez da “Black Friday da Mercearia”, pois a preocupação dos consumidores era encher a despensa da casa. No ano passado, foi a "Black Friday do lookinho”, com investimentos em roupas, calçados e perfumaria, para aproveitar a possibilidade de sair de casa com mais segurança no pós-pandemia.

Para os brasileiros, a Black Friday costuma favorecer a chamada "compra de oportunidade". Assim, se houver algum produto que caiba no orçamento, vale a pena comprá-lo, para "aproveitar a promoção". Prova disso é que o fator decisivo para fechar uma compra, mais citado na pesquisa, é os produtos terem preços atraentes, mencionado por 35% dos respondentes.

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Em 2023, dois outros critérios ganharam peso: as empresas serem confiáveis (13%) e as avaliações (reviews) de outros consumidores sobre os produtos serem positivas (12%). Outro dado importante é que 69% dos consumidores esperam por promoções de uma marca específica, para comprar o que realmente querem, o que pode ser um sinal de fidelidade à marca atrelado ao período de pesquisa de preços.

“O consumidor está cada vez mais exigente e antenado, por isso, é essencial buscar softwares e sistemas que gerem dados de consumo, possibilitando promoções personalizadas, alertas aos consumidores e que permitam aos varejistas irem além da gestão, utilizando inteligência artificial e tecnologia a favor da experiência do consumidor”, avalia Tiago Mello, CMO e CPO da Linx.

A pesquisa mostra, ainda, que neste ano o olhar dos consumidores está em produtos de alto valor, com uma tendência maior ao setor de eletrônicos. Nota-se um aumento de interesse por TVs, smartphones e eletroeletrônicos e linha branca, ao contrário do que aconteceu em 2022, quando roupas e calçados ficaram em primeiro plano.

Para pagar as compras, principalmente de produtos mais caros, como eletroeletrônicos, eletrodomésticos e eletroportáteis, a maioria dos entrevistados disse estar à espera de um bom desconto à vista, para fazer a transação via Pix. O parcelamento, para a maior parte dos respondentes, ficará reservado para valores entre R$ 1.000 e R$ 2.000.

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