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Eike Batista é investigado por usar informações privilegiadas em venda de ações

Segundo CVM, OGX levou 10 meses para anunciar que campos de petróleo eram inviáveis

Economia|, com R7

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) está investigando se o magnata Eike Batista e antigos diretores da petroleira OGX (atual OGpar) realizaram um “insider trading”, operação ilegal em que ações são vendidas com base em informações privilegiadas que ainda não foram divulgadas para o público.

Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (11) pelo Valor Econômico, a OGX teria levado dez meses para informar o mercado que quatro de seus campos de petróleo eram inviáveis.

A inviabilidade dos negócios alardeados pela OGX foi o principal motivo para a queda no preço das ações, que causou prejuízos milionários em centenas de investidores no segundo semestre do ano passado.

Um dos objetivos de um “insider trading” é justamente conseguir lucros ou vantagens no mercado ao realizar a venda de ações sem repassar informações a investidores ou acionistas.


Segundo a reportagem, que teve acessos a documentos da CVM, o ex-bilionário vendeu ações da então OGX ao mesmo tempo em que encorajava investidores a comprar mais ações da petroleira — na época (2012 e 2013), o empresário usava bastante o Twitter para divulgar o potencial dos campos de petróleo da empresa.

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A derrocada da OGX começou, publicamente, no dia 1º de julho de 2013, quando a petroleira informou que os campos Tubarão Azul, Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia não eram comercialmente viáveis.


Segunda a investigação da CVM, Eike teve acesso a informações privilegiadas não divulgadas para o mercado antes dessa data — além de vender ações da OGX, Eike vendeu nesse período a OSX, empresa de construção naval que detém plataformas nos campos anunciados como inviáveis.

Eike terá até o dia 14 de maio para apresentar sua defesa em relação ao descumprimento da lei. Ele pode enfrentar penas administrativas e até criminais.

No processo, Eike também é questionado por manipulação de preços.

A ex-OGX entrou em processo de recuperação judicial em outubro do ano passado. O plano de recuperação apresentado pela empresa prevê a redução substancial da participação de Eike Batista no seu capital.

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