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Falta de insumos e custo de energia barram retomada da economia

Pesquisa da CNI mostra que terceiro trimestre deste ano foi marcado por forte pressão nos custos das indústrias

Economia|Do R7


Alta da energia impacta diretamente a produção industrial
Alta da energia impacta diretamente a produção industrial

A falta ou alto custo das matérias-primas completou cinco trimestres consecutivos no topo do ranking dos principais problemas enfrentados pela indústria. Pesquisa de Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira (22) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostra que 62,4% das indústrias ainda enfrentam problemas com insumos. O alto custo de energia também apareceu com destaque entre os principais problemas entre julho e setembro deste ano. 

“A alta dos preços de uma série de insumos ainda é bastante severa e generalizada e ainda há situações de escassez, atraso ou mesmo falta de insumos. Tudo isso afeta a produção. Percebemos uma desorganização das cadeias de produção, com impacto negativo na situação financeira das empresas e no custo das indústrias, o que limita uma recuperação industrial que poderia ser melhor”, explica Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI.

O indicador de evolução do preço de matérias-primas registrou 73,2 pontos, resultado bem acima da linha divisória de 50 pontos. Dados abaixo de 50 pontos indicam queda de preços e acima aumento de preços. Por estar bem longe da linha de corte, o índice revela aumentos significativos e bem acima da média histórica.

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No caso da energia, o economista explica que a questão energética impacta diretamente a produção industrial e deve permanecer como ponto de atenção nos próximos meses. “O percentual de assinalações mais que dobrou entre o primeiro e o terceiro trimestres. E foi indicado por quase um quarto dos respondentes”, ressalta.

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O índice de evolução do nível de estoques ficou em 50,1 pontos, praticamente sobre a linha divisória de 50 pontos, que separa a queda da alta dos estoques de produtos. Já o indicador de estoque efetivo em relação ao planejado registrou 49,1 pontos em setembro, o que mostra que o nível de estoques segue aquém do planejado pelas empresas.

Condições financeiras

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Diante dos problemas com insumo e energia, a percepção sobre condições financeiras das empresas piorou no trimestre. O indicador de satisfação com a situação financeira da empresa caiu de 52,1 pontos no segundo trimestre para 51,7 pontos no terceiro trimestre. O indicador que mede a satisfação com o lucro operacional passou de 47,6 pontos para 47,3 pontos, com resultado abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que indica insatisfação dos empresários com a margem de lucro.

A facilidade de acesso ao crédito apresentou pequeno recuo no trimestre, passando de 43,1 pontos para 42 pontos. Apesar da queda, o indicador está acima da média histórica de 39,7 pontos. O índice revela que as empresas ainda encontram dificuldade em obter crédito. O acesso ao crédito é uma questão relevante, principalmente em um contexto de reestruturação das empresas, que vem ocorrendo em decorrência da pandemia.

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Otimismo dos empresários

Em outubro de 2021, o otimismo dos empresários diminuiu. O índice de expectativa de demanda dos empresários industriais caiu de 59,7 pontos em setembro para 57,1 em outubro. É o segundo mês consecutivo de queda. Para a pesquisa, foram consultadas 1.954 empresas entre 1º e 15 de outubro.

O índice de expectativa de exportações sofreu recuo de 1,1 ponto, na comparação dos meses de setembro e outubro, passando de 54,6 para 53,5 pontos. Esse é o menor valor do índice desde março de 2021.

“Apesar da piora das expectativas, todos os índices ficaram acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que há otimismo entre os empresários industriais”, explica Marcelo Azevedo.

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