Mensalidade escolar, transporte público e café ficam mais caros e são vilões da inflação no ano
Em fevereiro, inflação oficial do país acelerou e chegou a 1,31%, maior patamar para o mês desde 2003
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

A inflação oficial do país acelerou para 1,31% em fevereiro, a maior alta para o mês desde 2003. Os números mostram que os preços não deram alívio ao bolso do consumidor nos dois primeiros meses do ano. O pepino foi o produto que exerceu a maior alta no período (44,21%). Na lista, itens como mensalidade escolar, tarifa do transporte público e o café também pesaram nas contas dos brasileiros.
No acumulado de 2025, os tubérculos, raízes e legumes ficaram no topo ranking de vilões da inflação, com alta de 7,25%. Além do pepino, a cenoura (33,79%), a abobrinha (27,44%) e o tomate (24,76%) também registraram aumentos significativos.
Outro subitem em destaque foi o café moído, que exerceu o sexto maior impacto individual sobre a inflação e teve alta de 20,25% no acumulado do ano.
O resultado também foi influenciado pelo aumento de preços ligados à educação (4,97%). Os preços das mensalidades dos ensinos fundamental e médio tiveram alta de 7,51% e 7,27% no mês passado, respectivamente. Os reajustes dos preços da pré-escola e da creche chegaram a 7,02% e 5,28% nos dois primeiros meses do ano, respectivamente.

Ensino superior (4,11%), curso técnico (1,2%)e pós-graduação (1,18%) também registraram aumento no período.
Aumento do preço dos combustíveis
O preço dos combustíveis para veículos também ficou mais caro no ano. O grupo teve aumento de 3,66% no acumulado do ano, com destaque para as altas do etanol (5,5%), óleo diesel (5,36%) e gasolina (3,4%). O gás veicular foi o único que apresentou queda (-0,09%).
Transporte público
O grupo transporte público teve alta de 0,77% no acumulado do ano. Apesar de não ser um aumento significativo, alguns itens individuais desse segmento encareceram no período. A tarifa de integração do transporte público ocupou o primeiro lugar do grupo, com alta de 12,16%.
Outros itens desse segmento que ficaram mais caros, foram ônibus urbano (6,95%), trem (5,05%), ônibus intermunicipal (3,66%), transporte escolar (3,58%), metrô (2,28%) e táxi (2,14%).
As tarifas dos ônibus interestaduais e do transporte por aplicativo tiveram altas menos significativas: 1,07% e 0,71%, respectivamente.