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Páscoa gera 14 mil vagas temporárias de trabalho

Contratações foram iniciadas na indústria e ainda vão beneficiar profissionais das áreas de comércio e serviços até 17 de abril

Economia|Alexandre Garcia, do R7

Cerca de 3.000 temporários devem ser efetivados
Cerca de 3.000 temporários devem ser efetivados

A aproximação da Páscoa é sinônimo de oportunidade para conquistar uma colocação temporária no mercado de trabalho. Neste ano, estima-se que 14 mil profissionais serão contratados em todos os setores para atender ao aumento da demanda gerado pela data, de acordo com a Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário).

Para o presidente da entidade, Marcos de Abreu, as contratações foram iniciadas em dezembro para auxiliar a indústria na produção dos ovos de chocolate. No próximo mês, a maior parte das vagas será disponibilizada para os segmentos varejista e de serviços.

“A indústria já está concluindo as suas contratações temporárias e temos, até o dia 17 de abril, a abertura de vagas para dar suporte ao comércio e em serviços periféricos, como o marketing”, afirma o presidente da Asserttem.

De acordo com a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), mais de 8.500 trabalhadores temporários já foram alocados direta ou indiretamente em fábricas e nos pontos de vendas para suprir o aumento da demanda.


Abreu destaca ainda que as vagas temporárias abrem caminho para a efetivação dos profissionais. “Desses 14 mil contratados para a Páscoa, 3.000 serão efetivados, compondo a indústria, o comércio e os serviços", avalia.

Vagas temporárias são registradas em carteira
Vagas temporárias são registradas em carteira

Vale ressaltar que as contratações temporárias são registradas em carteira de trabalho com prazo determinado. “O que define o tamanho do contrato é a necessidade provisória da empresa contratante. Você só pode contratar temporários em caso de afastamento ou quando há uma demanda como essa da Páscoa”, explica Abreu.


José Ricardo Armentano, advogado da Morad Advocacia Empresarial, reforça que o momento de incerteza, como o causado pela pandemia do novo coronavírus, estimula a abertura das vagas provisórias devido à redução de custos.

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"Por não acreditarem na sustentabilidade da economia, as empresas buscam, para o atendimento da demanda atual, valer-se da mão de obra temporária, que poderá, em caso de agravamento desse cenário, ser facilmente descartada", aponta Armentano.


Auxiliada pela abertura de vagas para a Páscoa, a Asserttem prevê a totalidade de 700 mil vagas temporárias abertas no primeiro trimestre deste ano. Somente em janeiro, foram gerados 202.220 mil postos temporários, melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2014.

Segundo a associação, o resultado positivo foi impulsionado pela indústria, responsável por 55% das contratações temporárias no mês. Na sequência, aparecem os serviços (35%) e o comércio (10%).

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