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Reclamações contra aéreas sobem 94% no primeiro trimestre

Número saltou de 22 mil em 2021, para 43 mil neste ano, diz Senacon; a média é de seis por dia

Economia|Da Agência Brasil

A maioria das reclamações é relativa a dificuldade no reembolso
A maioria das reclamações é relativa a dificuldade no reembolso

As reclamações no Portal Consumidor.gov.br sobre transporte aéreo, durante o primeiro trimestre deste ano, quase dobraram em comparação ao mesmo período de 2021. Entre janeiro e março de 2022, foram 43.605 reclamações contra 22.458 registros no ano passado — crescimento de 94%. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo a pasta, o problema mais demandado envolve atrasos e dificuldades de reembolso, com 35.590 registros em 2022. O segundo maior motivo de reclamação é o cancelamento de voo, com 4.592 manifestações. E em terceiro lugar está a oferta não cumprida ou serviço não fornecido, no período de janeiro a março deste ano.

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Reclamações

O índice de solução das reclamações deste ano tem sido de 70,8% e o tempo de resposta tem sido, em média, de seis dias. Dos 61 itens de avaliação das companhias aéreas, os mais reclamados pelos consumidores são a dificuldade de reembolso, o cancelamento de voos e a dificuldade de comunicação.

Para reverter o cenário negativo, a Secretaria Nacional do Consumidor emitiu uma orientação aos Procons de todo o país. O documento pede a verificação de denúncias de descumprimento de cláusulas pelas empresas.


Entre 2020 e 2021 foram registradas 101.661 reclamações no Consumidor.gov.br contra as três companhias aéreas operantes no Brasil. Dessas, 38.667 se referiram a dificuldade de reembolso, 20.430 eram relativas a cancelamento de voo e outras 11.708 queixas sobre a ineficácia do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor).

O levantamento considera o período entre 2020 e 2021. Essa é a primeira vez que o governo federal divulga dados específicos sobre a atuação do setor aéreo no período mais crítico da pandemia.


Atendimento

A Senacon ainda recomendou às empresas aéreas que invistam no Serviço de Atendimento ao Consumidor. O intuito é fazer com que as demandas sejam solucionadas pelas empresas, antes de serem judicializadas.

Outro ponto é a simplificação da linguagem dos textos apresentados aos consumidores nas plataformas de comunicação.

O documento também orienta as empresas a disponibilizarem informações sobre mudanças regulatórias e medidas emergenciais em locais de fácil acesso, inclusive na internet, assim como facilitar aos consumidores a alteração de bilhetes de maneira autônoma, com uso de ferramentas digitais.

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