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Venda de imóveis usados cresce 11,9% no Estado de SP em outubro 

No acumulado dos primeiros 10 meses do ano, comercializações e locações de empreendimentos aumentaram 57,21% e de 18,27%, respectivamente

Economia|Márcia Rodrigues, do R7

De janeiro a outubro, as vendas de imóveis usados cresceram 57,21%
De janeiro a outubro, as vendas de imóveis usados cresceram 57,21%

As vendas de imóveis usados no Estado de São Paulo cresceram 11,9% em outubro na comparação com setembro. Nesse período, o número de imóveis alugados caiu 8,2% nesse mesmo período.

No acumulado de janeiro a outubro, as vendas e as locações de imóveis usados no Estado cresceram 57,21% e de 18,27%, respectivamente, de janeiro a outubro de 2019. 

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Os dados são da pesquisa feita pelo CreciSP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo e divulgada nesta quinta-feira (2). Para o balanço, foram consultas 941 imobiliárias de 37 cidades do Estado.


Imóveis de até R$ 300 mil lideraram aquisições

Os imóveis mais vendidos nesse período no Estado foram os de preço final até R$ 300 mil, com 50,34% do total vendido. Por faixas de preço de metro quadrado, predominaram os de até R$ 4 mil o metro quadrado, 52,56% do total.


O crescimento de 11,9% das vendas em outubro foi sustentando por duas das quatro regiões que compõem a pesquisa Creci: o interior (23,82%) e as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (43,75%).

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Houve queda de 3,69% na Capital e o Litoral não registrou alteração de setembro para outubro.

Foram vendidos 64,17% apartamentos e 35,83% casas, com descontos médios sobre os preços originais fixados pelos proprietários de 8,92% para os imóveis situados em bairros de áreas nobres, de 8,25% para os de áreas centrais e 8,69% para os de bairros de periferia.

Maioria comprou empreendimento com financiamento

A pesquisa também mostrou que as vendas feitas com financiamento bancário ultrapassaram as realizadas com pagamento à vista, com 48,07% e 46,03% do total, respectivamente. 

Os consórcios ficaram com participação menor, de 1,36%, enquanto que a venda a prazo bancada pelos donos dos imóveis representou 4,54% dos contratos formalizados nas imobiliárias consultadas.

Casas foram destaques nas locações de outubro

Os novos inquilinos preferiram alugar casas (54,43% do total) a apartamentos (45,57%) em outubro. As imobiliárias registraram o encerramento de contratos em número equivalente a 81,65% das novas locações contratadas no mês.

A queda de 8,2% no número de locações em outubro comparado a setembro se deveu aos resultados registrados em três das quatro regiões que compõem a pesquisa: Litoral (-7,62%), Interior (-8,34%) e as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos Osasco (-24,75%).

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Somente na Capital houve crescimento, de 4,14%.

Casas e apartamentos com aluguel mensal de até R$ 1 mil somaram 50,8% do total de novas locações, a maioria delas - 68,15% - localizada em bairros de áreas centrais das cidades.

O restante distribui-se entre bairros de periferia (20,28%) e de áreas nobres (11,57%).

Os descontos que os proprietários concederam sobre os preços originalmente fixados para locação foram de 10,87% em bairros de áreas nobres, de 11,86% em bairros centrais e de 8,29% em bairros de periferia.

A inadimplência teve ligeira queda em outubro, de 0,97% , com o percentual de inquilinos em atraso baixando de 4,9% em setembro para 4,85% em outubro.

Setor comemora desempenho

José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP, diz estar otimista com a comparação dos resultados de outubro último com os do mesmo mês de 2015, quando o país viveu o auge da recessão de dois anos consecutivos com queda acumulada de 7,2% do PIB (Produto Interno Bruto).

"Não estamos nadando num mar de rosas, mas é importante lembrar que em outubro de 2015 as vendas de imóveis usados aqui no Estado haviam caído 16,22% e que o ano tinha acumulado resultado negativo de 17,15%, o que dá a dimensão de quanto melhor estamos agora", afirma Viana Neto.

Naquele mês e ano, o número de locações caíra 4,72% na mesma comparação com setembro, mas o acumulado estava positivo em 53,15%.

Viana Neto destaca o descompasso entre venda e locação nos resultados acumulados até o mês de outubro em 2015 e 2019.

"A locação era a alternativa que restava à maioria das famílias em 2015, realidade expressa pelo saldo positivo de 53% no número de novos contratos em 2015, enquanto que a compra da casa se revelava praticamente impossível, como atesta o saldo negativo de 17%."

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