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Eleições 2022

Ciro lamenta apoio de irmãos ao PT no Ceará: 'A facada está doendo muito'

Ele não fez campanha no estado onde foi governador e não esconde decepção por família ter ignorado candidatura dele

Eleições 2022|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, durante sabatina na Record TV
O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, durante sabatina na Record TV

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta terça-feira (27) em sabatina na Record TV que o apoio dado ao PT no Ceará pelos irmãos dele, o senador Cid Gomes (PDT) e o prefeito de Sobral (CE), Ivo Gomes (PDT), foi como uma facada nas costas.

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Questionado sobre o assunto durante a entrevista, Ciro disse que não gostaria de comentar o tema visto que "a facada está doendo muito". "A ferida está aberta, está sangrando nesse momento, dói para valer", lamentou o candidato do PDT, que já foi governador do Ceará e tem o estado como maior reduto eleitoral.

Desde o início da campanha, Cid e Ivo chegaram a participar de eventos ao lado do ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que vai disputar o Senado e apoia Elmano de Freitas (PT) ao governo estadual. O PDT também tem um candidato no Ceará, Roberto Cláudio, mas a família de Ciro não deu respaldo ao nome dele.


Sem apoio da família, o presidenciável do PDT não fez campanha no Ceará. "Sabe por que dói?" Porque dei a minha vida inteira ao povo do Ceará e tive de volta do povo do Ceará honras e privilégios que hoje me permitem dizer: 'Cearense, faça o que você quiser de mim. O que vocês fizerem, estou agradecido'. Não fiz campanha lá por isso, porque está doendo."

Ciro lembrou que venceu no Ceará em todas as vezes que disputou a Presidência da República e disse que está na expectativa para que isso não mude. "É o meu desejo. Estou na mão dos cearenses", destacou.


Adiar dívidas de estados e municípios com a União

Durante a entrevista, Ciro falou também sobre o plano de gerar 5 milhões de empregos nos dois primeiros anos de governo. Para isso, ele diz que vai propor um adiamento das dívidas que estados e municípios têm com a União e permitir que os entes invistam na conclusão de 14 mil obras inacabadas. Além disso, o candidato do PDT falou em reduzir subsídios e incentivos fiscais em 20%, que podem garantir aos cofres públicos R$ 70 bilhões.

"Por que eu não pego a parte da dívida que vai vencer nos próximos quatro anos, capitalizo no fino, acerto com governadores e prefeitos um programa consistente de investimento? Qual a guia? 14 mil obras paradas e 5 milhões de empregos. Meu projeto busca crescer 5% ao ano. São empregos de rápida geração, porque as obras estão licitadas e licenciadas. Eu cortando 20% das desonerações fiscais, tenho R$ 70 bilhões no primeiro ano. Com isso, gero 1,5 milhão de empregos na veia", explicou.


O candidato declarou, ainda, que vai propor a taxação de lucros e dividendos de pessoas com fortunas acima de R$ 20 milhões. Com isso, segundo Ciro, seria possível arrecadar R$ 60 bilhões, suficiente para bancar um programa de renda mínima no valor de R$ 1 mil a cada beneficiário. “Com essa medida, alcanço 58 mil pessoas entre 212 milhões de brasileiros e fecho conta do programa de renda mínima e acabo com fome no Brasil.”

Banco Central

Em fevereiro do ano passado, Bolsonaro sancionou a lei que estabeleceu autonomia ao Banco Central. Com isso, os mandatos do presidente e dos diretores da instituição passaram a ter vigência não coincidente com o do presidente da República. Ciro, no entanto, disse na sabatina que não vai manter o atual presidente, Roberto Campos Neto, que tem mandato até 2024.

“Ele será convidado a se demitir no primeiro dia do governo. E eu o demitirei se ele não se demitir”, afirmou o candidato. Segundo ele, manter a atual gestão do Banco Central seria fazer com que o Brasil continuasse refém de uma política econômica que não traz resultados efetivos. Ciro criticou os adversários dele, em especial o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sinalizar que deve manter Campos Neto.

“Lula está comprometido em manter a direção do Banco Central que o Bolsonaro nomeou. O Lula está pedindo que a gente derrote o fascismo, mas vendeu-se ao sistema financeiro. E eu quero ser presidente só se for pra mudar isso. Como vou resolver o problema da maior taxa de juros do mundo se deixo Banco Central comprado pelo sistema financeiro?”, questionou.

Ciro foi o segundo a participar das sabatinas que a Record TV realiza nesta semana com os candidatos à Presidência da República. Na segunda (26), o entrevistado foi o presidente Jair Bolsonaro (PL). A próxima a participar é Simone Tebet (MDB), na quarta (28). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado, mas não quis comparecer.

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