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Observadores internacionais atuarão em 15 estados e no DF no primeiro turno das eleições

Chefe da missão da OEA pediu para que os candidatos evitem a 'retórica agressiva', assim como a disseminação de notícias falsas

Eleições 2022|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Urnas são distribuídas aos colégios eleitorais no Rio de Janeiro
Urnas são distribuídas aos colégios eleitorais no Rio de Janeiro Urnas são distribuídas aos colégios eleitorais no Rio de Janeiro

Os observadores internacionais convidados pela Justiça Eleitoral para acompanhar as eleições brasileiras estarão em 15 estados e no Distrito Federal, de acordo com Rubén Ramirez Lezcano, ex-chanceler do Paraguai e chefe da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA). O primeiro turno ocorre neste domingo (2).

"Nossa equipe está presente para conhecer os últimos preparativos do desenvolvimento do dia das eleições. Os insumos compilados, bem como a análise da documentação e a observação direta, permitirão à missão realizar uma análise integral que contenha a face pré-eleitoral, o dia da votação e o pós-eleitoral", disse.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Lezcano pediu, sem citar nomes, para que os candidatos evitem a "retórica agressiva", assim como a disseminação de notícias falsas.

"Importante que cidadãos comuns e diferentes atores políticos ajam com responsabilidade e evitem a retórica agressiva, bem como a disseminação de notícias falsas. Deve-se promover um clima de paz para que o domingo seja uma jornada cívica e livre de violência", afirmou Lezcano.

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"Apelo para aguardar pacientemente o resultado que o Tribunal Superior Eleitoral dará — a única autoridade habilitada a fazê-lo, de acordo com a regulamentação do país", complementou o paraguaio.

Encontro com Bolsonaro

A seis dias das eleições, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) se reuniu na última segunda-feira (26) com membros da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que vai acompanhar as eleições no Brasil. Lezcano havia dito que o encontro tinha sido "cordial".

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O grupo é integrado por 55 especialistas e observadores de 17 países. Além disso, no dia da eleição, observará a votação em três cidades estrangeiras: Porto (Portugal), Miami e Washington (Estados Unidos).

Essa é a terceira vez que a OEA envia uma missão para observar os processos eleitorais no Brasil. Após as eleições, será apresentado um relatório preliminar com observações e recomendações, segundo a entidade, com o objetivo de "contribuir para o fortalecimento dos processos eleitorais no Brasil".

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Antes de se encontrar com Lezcano, no entanto, Bolsonaro havia questionado o motivo de o grupo acompanhar a eleição brasileira. "Eu vou estar agora com o chefe dos observadores, que vem observar as eleições. Vou perguntar: vem observar o quê?", disse o candidato à reeleição a apoiadores no Palácio da Alvorada.

Eleições 2022

Mais de 156 milhões de brasileiros poderão participar, neste domingo (2), do primeiro turno das eleições 2022. Os eleitores vão votar na seguinte ordem: deputado federal; deputado estadual ou distrital — no caso dos eleitores do Distrito Federal; senador; governador; e, por último, presidente da República.

O eleitor deve ter atenção redobrada neste domingo, pois, diferentemente de pleitos anteriores, o período de votação para as eleições foi unificado em todo o país e seguirá somente o horário de Brasília, não mais levando em consideração diferenças de fuso horário.

A decisão sobre a unificação foi tomada pelo TSE ainda em dezembro, sob a justificativa de que, dessa maneira, será possível iniciar a apuração e a divulgação de resultados logo após o fim da votação, sem a necessidade de aguardar os estados com fuso mais atrasado.

Com a decisão, amanhã todas as seções eleitorais do país estarão abertas das 8h às 17h no horário de Brasília. Somente poderão votar após as 17h de Brasília os eleitores que já estiverem na fila.

Segurança

As forças de segurança e instituições ampliaram o esquema de segurança de diversos locais. Em Brasília, por exemplo, o acesso a prédios públicos, como o Congresso Nacional e as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será bloqueado por grades.

Segundo a pasta, não haverá interrupção no trânsito: o fluxo na Esplanada dos Ministérios, por exemplo, estará liberado. No entanto, nas imediações dos locais de votação, o Detran-DF vai organizar o trânsito. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) também vão fiscalizar as vias.

As Forças Armadas estarão em 568 localidades de 11 estados. São eles: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. O estado fluminense tem o maior efetivo, com 176 militares.

O Ministério da Defesa, responsável pela atuação das Forças Armadas, informou os números relativos à presença dos militares no pleito: 34 mil militares, 430 embarcações de pequeno porte, 18 navios, 3.000 viaturas, 62 blindados e 47 aeronaves (entre aviões e helicópteros) serão empregados nas ações.

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Crimes eleitorais

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, da última segunda-feira (26) até este sábado (1º), a pasta contabilizou 34 prisões relacionadas a crimes eleitorais, e foram apreendidos pela Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal cerca de R$ 3 milhões desde o início da campanha eleitoral, em 15 de agosto.

"Vários locais do país que ocorreram essas apreensões. Os principais crimes nesse momento de eleição é transporte irregular de eleitores, boca de urna e compra de votos. A polícia tem atuado e feito um trabalho de prevenção e repressão a esses crimes", ressaltou.

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