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‘Essa foi uma reação humana que eu não pude conter’, diz Datena após cadeirada em Marçal

Candidato do PSDB atirou o objeto contra oponente após menção a antigo processo de assédio sexual arquivado

Eleições 2024|Do R7, em Brasília

Marçal registrou B.O na noite deste domingo Edu Moraes/RECORD/Arquivo e Reprodução/RECORD/Arquivo

O candidato do PSDB a prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB), admitiu ter perdido a cabeça ao arremessar uma cadeira no também candidato Pablo Marçal (PRTB) durante um debate eleitoral. “Infelizmente, eu perdi a cabeça. Acredito que não [deveria ter perdido a cabeça]. Podia ter simplesmente saído do debate, ido embora para casa, o que seria muito melhor”, afirmou. O apresentador se alterou após o empresário fazer referência a uma antiga acusação contra Datena por assédio sexual e citações sobre as desistências em outros pleitos. “A partir do momento que me senti agredido ali, eu vi a figura da minha sogra que morreu por causa disso [das acusações]”, ressaltou. Marçal registrou um boletim de ocorrência contra Datena na noite de domingo (15).

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O caso ocorreu depois que Marçal questionou o apresentador sobre quando ele pararia com a “palhaçada” e desistiria da candidatura, além de chamar Datena de “arregão”. Marçal também citou um caso de assédio sexual e usou uma expressão que, no jargão prisional, se refere a presos condenados por estupro. “Homem é homem, mulher é mulher, estuprador é diferente, né? Tem alguém aqui que é ‘Jack’. Está aqui tirando onda, apoiando censura, mas é alguém que responde por assédio sexual. E essa pessoa ‘dá pena’”, afirmou.

Após o debate, Datena negou as acusações e afirmou: “Jamais cometi uma barbaridade dessas contra uma mulher e jamais cometeria isso. Foi uma reação humana que eu não pude conter.”

Mensagens de Marçal

Datena também relatou que Pablo Marçal enviou uma mensagem na sexta-feira (13) pedindo desculpas por outras acusações feitas contra o apresentador e outros candidatos. Na mensagem, Marçal sugeria que as disputas fossem civilizadas dentro do processo democrático. Datena estranhou a mensagem e questionou se realmente era Marçal quem estava escrevendo. Um assessor do empresário tentou marcar um café entre os candidatos um dia antes do debate, proposta que Datena recusou.


Boletim de ocorrência

Marçal registrou um boletim de ocorrência contra Datena na noite de domingo (15). Segundo a SSP-SP (Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo), o B.O. foi registrado no 78º Distrito Policial (Jardins) por lesão corporal e injúria. Marçal tem um prazo para manifestar interesse em continuar com a investigação; caso contrário, o caso será arquivado. O candidato do PRTB foi encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês e deve receber alta ainda nesta segunda-feira (16).

Repercussões

  • Ricardo Nunes (MDB): “É com pesar que testemunhamos essa cena. A cidade de São Paulo não merece esse tipo de atitude na disputa pelo cargo mais sério e importante para a vida do paulistano. Falta de equilíbrio, despreparo, arrogância e provocações são incompatíveis com a missão de um prefeito. São Paulo é maior que isso.”
  • Guilherme Boulos (PSOL): “Desde o início dessa eleição, tivemos um nível muito baixo nos debates, em grande parte devido à atuação de Pablo Marçal, que inventa mentiras, provoca, ataca e promove baixarias. Datena se descontrolou e reagiu de maneira inadequada. No entanto, nada justifica a forma violenta como Datena reagiu.”
  • Tabata Amaral (PSB): “Lamento profundamente o que aconteceu. Não é uma questão de ideologia. Quem ama São Paulo, respeita as pessoas e recebeu alguma educação em casa fica indignado. Pablo Marçal tem trabalhado desde o início para que isso acontecesse, mas nada justifica a agressão. Isso não resolve os problemas que estamos enfrentando em São Paulo.”
  • Marina Helena (Novo): “Foi uma cena deprimente, usar uma cadeira para agredir o outro. Foi realmente horrível. Não podemos ser governados por pessoas que se comportam assim ou que se envolvem apenas em brigas verbais e acusações. Isso não faz sentido.”


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