Operação da PF e Banco Central vai intensificar fiscalização de saques no 2º turno das eleições
Ação também contará com a participação da Febraban; apreensões no 1º turno foram 14 vezes maior que 2020
Eleições 2024|Do R7
Uma operação conjunta entre a Polícia Federal, o Banco Central e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) intensificará a fiscalização para prevenir e reprimir qualquer utilização ilícita de saques de dinheiro, como para a compra de votos, durante o segundo turno das eleições, no dia 27 de outubro. No primeiro turno do pleito, a corporação apreendeu ao menos R$ 21,3 milhões em espécie na campanha eleitoral deste ano. Esse número é 14 vezes maior do que a corporação apreendeu no pleito municipal de 2020 (R$ 1,5 milhão).
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Conforme a lei atual, os saques de pessoas físicas e jurídicas em agências bancárias acima de R$ 50 mil precisam ser notificados com 72 horas de antecedência às autoridades bancárias. Além disso, o cliente deve identificar todas as características da transação, como, por exemplo, a finalidade a que se destina. “Todas essas movimentações continuarão a ser obrigatoriamente objeto de comunicação prévia dos bancos às autoridades competentes”, explicou a PF.
As instituições reforçaram que o sistema financeiro brasileiro é um dos mais modernos do mundo, seguindo um modelo internacional. “Temos um setor bancário adequadamente regulado e em consonância com as melhores práticas internacionais, incluindo os aspectos relativos à prevenção à lavagem de dinheiro”, explicou.
Primeiro turno
No primeiro turno, realizado no dia 6 de outubro, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que os agentes também apreenderam mais de R$ 40 milhões em bens. “Isso nos permite fazer uma análise com outros períodos eleitorais. Na última eleição [de 2022], foram em torno de R$ 5 milhões. E na eleição de 2020, cerca de R$ 1,5 milhão foi apreendido, o que demonstra uma atuação muito firme da polícia judiciária eleitoral”, afirmou Rodrigues à época.
O pleito deste ano também contou com o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, montado para apoiar o trabalho da Justiça Eleitoral e garantir a segurança durante a votação. Fazem parte desse órgão membros da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e representantes dos 26 estados do país.
“A atuação da Polícia Judiciária Eleitoral, a partir de um planejamento integrado feito com as demais agências que atuam nesse processo, não só na área de segurança pública, mas também com o Tribunal Superior Eleitoral, tem o grande escopo de dar segurança e tranquilidade a todo o processo. E eu entendo que o pleito está transcorrendo, com uma ou outra rara exceção, num processo de normalidade”, destacou Rodrigues.