Prefeito definido pela idade e candidato eleito por um voto: veja curiosidades das eleições
Brasil teve cidade participando de eleições pela primeira vez e vereador sendo eleito para o 12º mandato consecutivo
Eleições 2024|Thays Martins, do R7, em Brasília
Mais de 120 milhões de brasileiros compareceram às urnas no domingo (6) para eleger os prefeitos e vereadores de 5.569 país. Com exceção dos 52 municípios que terão segundo turno no fim do mês, a eleição já está definida no restante do Brasil. E em um país de dimensões continentais, é claro que não faltam curiosidades sobre o pleito, como prefeitos vencendo por um voto de diferença e eleição sendo definida pela idade do candidato. Confira alguns destaques:
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Só um voto de diferença
Pelo menos duas prefeituras do país foram definidas por um único voto de diferença. Olho D’Água do Borges (RN) e Gentil (RS) provaram a máxima de que cada voto conta.
No município do Rio Grande do Norte, o novo prefeito Antonimar Amorim (União Brasil) foi eleito com 2.178 votos válidos, enquanto a concorrente, Laize Sales (PP), conseguiu 2.177 votos.
Na cidade do Rio Grande do Sul, a situação foi a mesma: Adelar Silvestri (PT) conquistou o pleito com 699 votos, contra 698 de Evandro Biff (PL).
Outras cidades do país também tiveram uma definição apertada. Em Minas Gerais, Braulinho (MDB) foi eleito para a Prefeitura de Conquista com apenas dois votos de diferença para a segunda colocada, Vera Guardieiro (PSB): 1.731 contra 1.729.
No Piauí, a Prefeitura de Assunção do Piauí foi definida por três votos de diferença: Jove (PSD) venceu com 3.319 votos, enquanto Jackson (PT) recebeu 3.316.
Prefeitura definida pela idade
E se dois candidatos tiverem exatamente a mesma quantidade de votos? É algo raro de acontecer, mas Inhaúma (MG) viveu exatamente isso.
Max de Oliveira (Republicanos), conhecido por Zula, e Carlinhos (Solidariedade) tiveram o mesmo número de votos: 2.434. Zula foi declarado o vencedor por ser mais velho, seguindo a regra eleitoral. Ele tem 62 anos, enquanto seu adversário, 46.
Votações recordes
Pelo menos 212 cidades tinham candidaturas únicas. Nesses casos, o postulante levou 100% dos votos válidos, já que brancos e nulos não são contabilizados. Esse foi o caso de Solidão (PE), por exemplo, e Borá (SP), o menor colégio eleitoral do país.
Em outros casos, no entanto, alguns candidatos conseguiram quase 100% dos votos mesmo tendo concorrentes. Alguns prefeitos conseguiram o feito de se elegerem com mais de 90% dos votos.
Esse foi o caso de Amaro Pereira (PT), em Ipaporanga (CE), com 91,96%; Josafa (União), em São Caitano (PE), com 91,14%; Carlos Du (PSD), em Barbacena (MG), com 91,79%; e Vicente (PSB), em Serra Grande (PB), com 92,07%.
Vereador há 50 anos
Nirdo Artur Luz, o Pitanta, foi reeleito para o 12° mandato consecutivo como vereador de Palhoça (SC) e vai permanecer na Câmara de Vereadores até 2028, quando completa 52 anos ocupando um cargo no legislativo municipal.
Pitanta teve 2.252 votos e foi o segundo mais votado na cidade.
Folhas secas de árvores no lugar de papel
O candidato que usou folhas secas de árvores como panfleto de campanha em vez de papel e adesivos foi eleito vereador como o segundo mais votado em Fortaleza (CE).
Gabriel Aguiar (PSOL) teve mais de 30 mil votos para a Câmara de Vereadores da capital cearense. Na campanha, ele escrevia seu nome e número em folhas de árvore. A ideia era mostrar ser possível fazer uma campanha sustentável.
Candidatos mais velho e mais jovem
O Piauí foi responsável por eleger o prefeito mais velho e o mais jovem do país. Aos 88 anos, Coronel Elói (PSD) foi reeleito em Barro Duro.
Já Juninho da Marinalva (MDB) foi eleito prefeito, aos 21 anos, em Curral Novo do Piauí.
Cidade tem primeiro prefeito de sua história
Neste ano, Boa Esperança do Norte (MT) teve a primeira votação desde que foi criada, em 2023. A cidade escolheu Calebe Francio (MDB) para ser o primeiro prefeito de sua história e também elegeu nove vereadores.