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PSDB em São Paulo rejeita pedidos de expulsão de Datena por cadeirada em Marçal

Executiva Municipal defendeu que requerimentos eram ‘infundados’ e candidato agiu em ‘legítima defesa’

Eleições 2024|Do R7, em Brasília

Caso aconteceu durante debate no dia 15 deste mês Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo - 20.9.2024

O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) concluiu que os pedidos de expulsão do candidato à prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, eram infundados, pois não violaram as normas internas do partido. A Executiva Municipal do PSDB rejeitou as solicitações feitas por 42 filiados em razão da agressão ao também candidato Pablo Marçal (PRTB) durante um debate eleitoral. Os representantes do partido reconheceram que Datena teria agido em legítima defesa.

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O caso ocorreu no dia 15 de setembro, quando Marçal questionou Datena sobre quando ele desistiria da candidatura, chamando-o de “arregão”. Marçal também citou um caso de suposto assédio sexual e usou uma expressão do jargão prisional que se refere a presos condenados por estupro. “Homem é homem, mulher é mulher, estuprador é diferente, né? Tem alguém aqui que é ‘Jack’. Está aqui ‘tirando onda’, apoiando censura, mas é alguém que responde por assédio sexual. E essa pessoa ‘dá pena’”, afirmou.

Veja a nota completa do PSDB

A Executiva Municipal do PSDB, com base nas diretrizes estabelecidas pelo estatuto partidário, rejeitou, por unanimidade, as representações apresentadas com o intuito de expulsar José Luiz Datena.

Após uma análise minuciosa dos fatos, o partido concluiu que as acusações formuladas por alguns filiados eram infundadas, uma vez que o incidente ocorrido durante o debate na TV Cultura não violou, direta ou indiretamente, as normas internas da agremiação. Ademais, na deliberação, firmou-se o entendimento de que Datena agiu em legítima defesa para repelir a injusta agressão perpetrada por Pablo Marçal.


Nesse contexto, todas as alegações foram prontamente desconsideradas, em estrita observância ao que preconiza o estatuto partidário.

Guilherme Ruiz Neto — Advogado do PSDB/SP e da Federação PSDB Cidadania


Pedidos

Os filiados defenderam nas representações que Datena teria violado os deveres partidários previstos no estatuto da legenda, especialmente no que tange à manutenção de conduta ética. Além disso, argumentaram que somente uma ação “firme e clara” poderia preservar o “legado de responsabilidade social, bom senso e equilíbrio que o PSDB sempre defendeu”.

Outro pedido afirmava que a ação de Datena era incompatível “com o espírito democrático que o PSDB busca promover, prejudicando a imagem e os objetivos do partido e causando indignidade e constrangimento a todos os filiados”.


Repercussões

Após o debate, Datena negou as acusações e afirmou: “Jamais cometi uma barbaridade dessas contra uma mulher e jamais cometeria isso. Foi uma reação humana que eu não pude conter.” O candidato do PSDB admitiu que perdeu a cabeça e poderia ter “simplesmente saído do debate, ido embora para casa, o que seria muito melhor”. “A partir do momento que me senti agredido ali, eu vi a figura da minha sogra que morreu por causa disso [das acusações]”, ressaltou.

Boletim de ocorrência

Marçal registrou um boletim de ocorrência contra Datena na noite de domingo (15). Segundo a SSP-SP (Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo), o B.O. foi registrado no 78º Distrito Policial (Jardins) por lesão corporal e injúria. Marçal tem um prazo para manifestar interesse em continuar com a investigação; caso contrário, o caso será arquivado. O candidato do PRTB foi encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês e recebeu alta ainda na segunda-feira (16).

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