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Serviço de inteligência do governo não detectou nenhuma orientação de facção sobre votos

O secretário Mário Sarrubbo disse que pasta não identificou qualquer orientação eleitoral por parte de facções criminosas em nenhum lugar do país

Eleições 2024|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Sarrubbo diz que serviço de inteligência do governo não detectou orientação eleitoral de facção no país Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil - Arquivo

O secretário nacional de segurança pública, Mário Luiz Sarrubbo, afirmou, neste domingo (27), ao R7 que o serviço de inteligência do governo não detectou qualquer orientação eleitoral ou ordem, por parte de facções criminosas, em nenhuma parte do país neste segundo turno das eleições municipais.

“O Sistema de Inteligência do Ministério da Justiça não detectou qualquer orientação de qualquer facção contrária ou a favor de qualquer candidato neste segundo turno”, disse Sarrubbo.

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou neste domingo que a polícia paulista interceptou mensagens de integrantes do PCC que orientavam o voto ao candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL). O chefe do Executivo paulista disse, ainda, que trocou informações do caso com o TRE-SP (Tribunal Superior Eleitoral de São Paulo).

Ao R7, o TRE-SP afirmou que não recebeu relatório do caso, tampouco recebeu nenhuma informação. “O Tribunal soube do caso pela imprensa. Após a divulgação do caso, o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na 1ª Zona Eleitoral por abuso de poder político e abuso no uso dos meios de comunicação”, diz o órgão.


Mais cedo, Tarcísio afirmou sem provas que, durante a campanha, foram realizadas interceptações de mensagens de membros do PCC. Segundo o governador, os textos orientavam voto no candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, adversário do prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado por ele.

“Teve o salve. Houve interceptação de conversas e de orientações que eram emanadas de presídios por parte de uma facção criminosa orientando determinadas pessoas, em determinadas áreas, a votar em determinados candidatos. Houve essa ação de inteligência, houve essa interceptação.” disse o governador. Questionado sobre qual candidato, ele respondeu: “Boulos”.

O candidato, por sua vez, afirmou que o caso é um “laudo falso do segundo turno”. “Dia de eleição, dia decisivo. Imaginei que ao menos hoje fosse um dia mais tranquilo em relação às mentiras que nossos adversários fizeram durante toda a campanha, mas recebi uma notícia, agora há pouco, de algo que beira o inacreditável. O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio, acabou de divulgar, ao lado do candidato dele, uma declaração extremamente grave, sem nenhum tipo de prova, dizendo que o PCC teria determinado voto em mim”, disse Boulos.

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