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Dinossauros não estavam em colapso antes da extinção, revela pesquisa

Novos fósseis indicam que espécies prosperavam até pouco antes do impacto do asteroide

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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Dinossauros prosperavam pouco antes do impacto do asteroide. (Foto: Photo Libary via Canva) Fala Ciência

Durante décadas, cientistas debateram se os dinossauros estavam em declínio gradual antes da famosa extinção em massa do Cretáceo, há 66 milhões de anos. 

Agora, novas pesquisas revelam que, longe de estarem em colapso, espécies como o Alamosaurus e dinossauros com bico de pato continuavam prosperando em ecossistemas ricos e diversificados, pouco antes da colisão do asteroide que transformou o planeta.


Riqueza de espécies no fim do Cretáceo

Estudos realizados na Bacia de San Juan, no Novo México, mostram que os dinossauros do período tardio do Cretáceo exibiam alta diversidade regional:


  • Norte da América do Norte (Hell Creek): espécies como Tiranossauro rex e Torossauro, com predominância de dinossauros com bico de pato, mas ausência de saurópodes gigantes.
  • Região sul da América do Norte (Membro Naashoibito): habitat do Alamosaurus, um gigantesco saurópode que podia alcançar 30 metros de comprimento e pesar mais de 30 toneladas.

Essa distribuição revela que fatores climáticos e ambientais influenciavam diretamente quais espécies prosperavam em cada região.


Datação precisa dos fósseis

Ecossistemas tropicais do sul mantinham saurópodes gigantes. (Foto: Pexels via Canva) Fala Ciência

Para entender a cronologia, os paleontólogos utilizaram métodos avançados de datação geológica:


  • Radiometria: mede a decomposição de elementos em grãos de arenito para determinar a idade das rochas.
  • Registro magnético da Terra: identifica inversões do campo magnético que ocorreram ao longo do tempo.
  • Estratigrafia: análise das camadas rochosas e fósseis para contextualizar os achados.

As evidências indicam que os fósseis estudados datam de uma janela de aproximadamente 380 mil anos antes do impacto do asteroide, mostrando que os dinossauros mantinham populações estáveis e ecossistemas funcionais até o fim.

Ecossistemas diversificados e adaptados

O estudo demonstra que os dinossauros se adaptavam perfeitamente às condições ambientais locais:

  • Naashoibito Member (Sul): clima tropical quente e úmido, similar ao Panamá moderno, favorecendo grandes saurópodes.
  • Hell Creek (Norte): planícies costeiras frias, menos favoráveis para saurópodes gigantes.

Mesmo nos últimos milhões de anos do Cretáceo, os dinossauros exibiam variedade de tamanhos, dietas e nichos ecológicos, indicando ecossistemas estáveis e dinâmicos.

Implicações do estudo

A pesquisa, publicada na revista Science, reforça que a extinção em massa não foi precedida por um declínio populacional generalizado, mas sim causada por um evento catastrófico abrupto

Esses resultados mostram que mudanças ambientais rápidas podem eliminar até as espécies mais fortes, oferecendo paralelos relevantes para a compreensão da vulnerabilidade de ecossistemas modernos diante de alterações climáticas.

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