Dinossauros não estavam em colapso antes da extinção, revela pesquisa
Novos fósseis indicam que espécies prosperavam até pouco antes do impacto do asteroide
Fala Ciência|Do R7

Durante décadas, cientistas debateram se os dinossauros estavam em declínio gradual antes da famosa extinção em massa do Cretáceo, há 66 milhões de anos.
Agora, novas pesquisas revelam que, longe de estarem em colapso, espécies como o Alamosaurus e dinossauros com bico de pato continuavam prosperando em ecossistemas ricos e diversificados, pouco antes da colisão do asteroide que transformou o planeta.
Riqueza de espécies no fim do Cretáceo
Estudos realizados na Bacia de San Juan, no Novo México, mostram que os dinossauros do período tardio do Cretáceo exibiam alta diversidade regional:
Essa distribuição revela que fatores climáticos e ambientais influenciavam diretamente quais espécies prosperavam em cada região.
Datação precisa dos fósseis

Para entender a cronologia, os paleontólogos utilizaram métodos avançados de datação geológica:
As evidências indicam que os fósseis estudados datam de uma janela de aproximadamente 380 mil anos antes do impacto do asteroide, mostrando que os dinossauros mantinham populações estáveis e ecossistemas funcionais até o fim.
Ecossistemas diversificados e adaptados
O estudo demonstra que os dinossauros se adaptavam perfeitamente às condições ambientais locais:
Mesmo nos últimos milhões de anos do Cretáceo, os dinossauros exibiam variedade de tamanhos, dietas e nichos ecológicos, indicando ecossistemas estáveis e dinâmicos.
Implicações do estudo
A pesquisa, publicada na revista Science, reforça que a extinção em massa não foi precedida por um declínio populacional generalizado, mas sim causada por um evento catastrófico abrupto.
Esses resultados mostram que mudanças ambientais rápidas podem eliminar até as espécies mais fortes, oferecendo paralelos relevantes para a compreensão da vulnerabilidade de ecossistemas modernos diante de alterações climáticas.
