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Acusado de estupro tem candidatura autorizada no México

Félix Salgado Macedonio concorrerrá a governador pelo partido Morena nas eleições de 6 de junho

Internacional|Da EFE

Candidato "enfrenta acusações de crimes sexuais graves contra cinco mulheres"
Candidato "enfrenta acusações de crimes sexuais graves contra cinco mulheres"

O Instituto Eleitoral do estado de Guerrero, no sul do México, endossou a polêmica candidatura de Félix Salgado Macedonio, acusado de estupro e candidato a governador pelo partido Movimento Regeneração Nacional (Morena).

Com seis votos a favor e um contra, os conselheiros do instituto ratificaram a sua nomeação, de forma que Salgado Macedonio passou a ser oficialmente candidato do Morena nas eleições de 6 de junho.

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Embora o partido tenha anunciado na última segunda-feira (1) que faria uma votação interna para analisar a candidatura de Salgado Macedonio, o prazo para apresentação de candidaturas ao instituto eleitoral expirou no mesmo dia.

Por isso, a autoridade eleitoral de Guerrero validou Salgado Macedonio quando seu partido ainda não divulgou o resultado da votação.


O caso de Salgado Macedonio virou uma polêmica nacional desde o final de dezembro, quando o Morena anunciou sua candidatura ao governo de Guerrero.

Salgado Macedonio é acusado de estuprar uma jovem de 17 anos em 1998 e de abusar de uma funcionária do jornal "La Jornada Guerrero" em 2016, e os próprios deputados do Morena afirmam que ele "enfrenta acusações de crimes sexuais graves contra cinco mulheres".


Políticos do Morena, opositores, intelectuais, artistas e mulheres do mundo político uniram-se em uma campanha para revogar sua candidatura.

No entanto, o político tem o apoio do fundador do Morena e presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que denunciou que há "uma campanha de linchamento" contra Salgado Macedonio.


Ainda em entrevista coletiva no Palácio Nacional, o presidente pediu um "basta" com as reclamações contra o candidato ao governo de Guerrero.

No dia 6 de junho, 94 milhões de mexicanos serão chamados às urnas para eleger 500 deputados federais, 15 dos 32 governadores estaduais, 30 congressos locais e 1,9 mil vereadores, nas que são consideradas as maiores eleições do país.

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