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Autoridades filipinas ordenam evacuação de 5 aldeias ocupadas pelos rebeldes

Internacional|Do R7

Manila, 13 set (EFE).- As autoridades das Filipinas ordenaram a evacuação de cinco aldeias da cidade de Zamboanga, no sul do arquipélago, onde os rebeldes mantêm dezenas de pessoas reféns há cinco dias, informou nesta sexta-feira a imprensa local. A evacuação, aprovada ontem à noite pela Prefeitura de Zamboanga, é uma medida que atende à declaração do estado de emergência devido ao "alto risco" na região, afirmou o comunicado publicado pelo governo local. A ordem impede que os mais de 14 mil evacuados retornem aos seus lares até que seja declarado um "retorno à normalidade". Um grupo insurgente muçulmano fez ontem um ataque na cidade de Lamitan, na ilha de Basilan, onde pelo menos dois soldados ficaram feridos e outros cinco estão desaparecidos. O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, chegou hoje à região onde centenas de rebeldes, supostos membros da Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN), mantêm dezenas de pessoas como reféns e as estão utilizando como "escudos humanos", segundo fontes do governo. Entre 70 e 80 rebeldes muçulmanos se entregaram na noite de ontem às autoridades, informou o site de notícias "Rappler", à medida que as negociações entre governo e insurgência continuam "com resultado positivo", declarou ao mesmo meio a secretária de Interior, Mar Roxas. "Houve algumas negociações ontem à noite. Ainda estamos trabalhando nisso, nesta manhã a situação evoluiu para resultados positivos", informou a secretária. Há dois dias, o porta-voz do grupo rebelde, Absalmom Cerveza, declarou à emissora de televisão "ANC" que não haverá rendição, nem retirada. A situação continua tensa e houve alguns tiroteios entre os guerrilheiros e os soldados em Zamboanga, que fica a 890 quilômetros da capital Manila e tem uma população de 800 mil habitantes de maioria cristã. Durante a noite está vigente o toque de recolher, foram suspensas as aulas e o comércio permanece fechado, mas os postos de gasolina, mercados e farmácias atendem às necessidades essenciais dos moradores. Vários bairros de Zamboanga estão ocupados pelos rebeldes, que mantêm várias pessoas como reféns, segundo as distintas fontes. O ataque aconteceu um mês depois que o líder do FMLN, Nur Misuari, exigiu a independência da região de Mindanao e de outras ilhas do sul e denunciou que seu grupo tinha sido excluído das negociações entre o governo e a Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI). Misuari fundou o FMLN em 1971 e esta foi a principal organização muçulmana a recorrer à luta armada nas Filipinas até a assinatura de um acordo de paz em 1996. No entanto, o grupo renunciou ao acordo cinco anos depois e retornou à luta armada quando Misuari estava prestes a perder nas urnas seu cargo de governador da Região Autônoma do Mindanao Muçulmano. O FMLI foi fundado formalmente em 1984 após uma cisão no grupo de Misuari e atualmente se encontra na fase final de suas negociações com o governo. Segundo analistas filipinos citados pelo site de notícias "Rappler", Misuari "está fazendo barulho" para boicotar as conversas entre o governo e o FMLI. EFE hc/rpr

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