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"Benefícios do acordo são para a região", diz porta-voz de Israel

No primeiro aniversário do acordo entre Israel, Emirados Árabes e Bahrein, os projetos de paz e integração se tornaram realidade

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Haiat deu entrevista para falar sobre o acordo
Haiat deu entrevista para falar sobre o acordo Haiat deu entrevista para falar sobre o acordo

O acordo assinado por Israel com os Emirados Árabes e o Bahrein completou um ano nesta terça-feira (14) e, tendo sido seguido na prática, vem se fortalecendo como uma das boas notícias para o Oriente Médio e para o mundo nos últimos tempos.

Em meio a um período de pandemia, hostilidades e polarizações pelo mundo, a chama da paz voltou a marcar presença como um símbolo de esperança. E os resultados são concretos, com os projetos de intercâmbio se tornando uma realidade, segundo afirmou o porta-voz do Minstério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, em entrevista coletiva nesta terça.

Ele afirmou que as conversações vinham de um longo tempo e ganharam mais força nos últimos seis anos, quando começaram a reaproximar na prática Israel dos Emirados Árabes e o Bahrein, antes hostis ao país.

"O diálogo foi a parte estrutural que levou ao caminho da paz", disse. "Israel hoje é considerado um parceiro e não uma ameaça. E os benefícios da paz não são só para Israel, mas para toda a região", completou.

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Criados em 1971, com sua independência, os Emirados Árabes, cuja economia é baseada no petróleo, sempre seguiram muito da cartilha diplomática da Arábia Saudita, que desde a sua fundação não mantém relações diplomáticas com Israel.

Também independente em 1971, o Bahrein também se identifica com a política saudita, principalmente por manter uma rivalidade com o Qatar, aliado do Irã, por causa de disputas territoriais.

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A relação entre a Arábia Saudita e Israel, no entanto, tem se modificado, inclusive com uma reaproximação informal justamente por causa dos interesses estratégicos. Ambos se preocupam com a tentativa do Irã de obter a hegemonia na região.

Além disso, com a possibilidade de o petróleo ir perdendo força, em função da própria escassez cada vez maior e da necessidade de preservação ambiental, as monarquias do petróleo do Golfo e o Estado de Israel têm interesses convergentes em tecnologias alternativas e sustentáveis, algo em que Israel tem se tornado cada vez mais especializada.

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A proximidade política destes países com os Estados Unidos também serviu como um ponto em comum nesta reaproximação informal, com os sauditas, e formal, pautada nos acordos entre Israel, Emirados Árabes, Bahrein, Sudão e Marrocos.

Na entrevista concedida por Haiat, a jornalistas de mais de 100 países, o porta-voz destacou que o acordo atual é consequência de um longo trabalho diplomático, cujos alicerces estão nos anos 70, quando Israel assinou a paz com o Egito. Em 1994, fez a paz com a Jordânia.

Ambos os países fazem fronteira com Israel e participaram das guerras de Independência de Israel (1948), dos Seis Dias (1967) e do Yom Kipur (1973), contra Israel.

"Desde sua criação (1948) Israel quer relações de amizade com vizinhos e países da região. O processo atual começou nos anos 70, que serviram como pilar. Nas últimas três décadas Israel manteve conversações para tentar encontrar conexões econômicas e políticas, valorizando o aspecto da paz de pessoa para pessoa", completou Haiat.

Em Tel Aviv e Jerusalém, a Embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Israel homenageou o primeiro aniversário do acordo, colocando cartazes nas cidades, com os seguintes dizeres, em hebraico e em árabe.

“A paz é o futuro de nossos filhos”.

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