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Biden discursa na COP27 após eleições de meio de mandato nos Estados Unidos

Alto funcionário do governo disse que presidente tem intenção de anunciar novo corte nas emissões de CO2 do país de até 52% em 2030, em comparação com 2005

Internacional|Do R7

O presidente dos EUA, Joe Biden, fala durante um evento em Washington, DC
O presidente dos EUA, Joe Biden, fala durante um evento em Washington, DC O presidente dos EUA, Joe Biden, fala durante um evento em Washington, DC

A conferência do clima da ONU (COP27) recebe o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta sexta-feira (11).

Aliviado com os resultados das eleições de meio de mandato em seu país, Biden fará um discurso diante de delegados de quase 200 países, engajados em longas negociações que se anunciam difíceis para os países desenvolvidos, com os Estados Unidos à frente.

Os países em desenvolvimento exigem em Sharm el Sheikh, no Egito, a aprovação de um fundo para "perdas e danos" devido às mudanças climáticas.

O assunto foi finalmente incluído na agenda da conferência, que termina em 18 de novembro. Mas oficialmente os países da COP ainda têm dois anos para continuar negociando.

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Também nesta sexta-feira (11), um novo relatório alarmante da ONU revelou que as emissões de CO2 dos combustíveis fósseis vão bater recordes em 2022.

Atualizar as promessas

Biden permanecerá apenas algumas horas no balneário egípcio à beira do Mar Vermelho, para o discurso e uma reunião bilateral com o presidente egípcio, Abdel Fatah al Sissi.

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Sua intenção é lembrar que em agosto assinou uma lei de transição energética e medidas climáticas de 370 bilhões de dólares.

Um alto funcionário do governo dos Estados Unidos garantiu que Biden também chega com a intenção de anunciar um novo corte nas emissões de CO2 dos EUA de até 52% em 2030, em comparação com os níveis de 2005.

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A comunidade internacional como um todo não tem honrado sua promessa de reduzir as emissões de CO2, apesar de, segundo os cientistas, esta ser a condição essencial para que o mundo não ultrapasse +1,5ºC de temperatura média em relação à era pré-industrial.

Apenas 30 países atualizaram suas metas para reduzir ainda mais suas emissões antes da reunião de Sharm el Sheikh, apesar do compromisso mútuo acordado há um ano.

As emissões de CO2 fóssil aumentarão 1% em relação a 2021, afirma o relatório do Global Carbon Project divulgado nesta sexta-feira.

A ONU, por sua vez, anunciou nesta sexta-feira um programa de satélite de detecção e alerta do espaço para tentar conter as emissões de metano, um gás de efeito estufa muito poderoso. Os satélites poderão identificar grandes vazamentos desse gás para que governos e empresas possam reagir rapidamente.

Ouvir as partes

Em meio à crise energética, e com quase todos os indicadores climáticos no vermelho, as finanças dominam as negociações da COP27.

A Colômbia revelou na última quinta-feira (10) sua estimativa de perdas e danos anuais devido ao clima: 4,3 bilhões de dólares.

"As partes têm posições divergentes. E há alguns que, claro, gostariam de ver o estabelecimento de uma instituição sob o mecanismo financeiro da convenção. Parece difícil", afirmou Julio Cordado, um negociador chileno que, junto com sua contraparte alemã, preside o grupo de trabalho sobre "perdas e danos".

Em Sharm el-Sheikh, outra discussão delicada também foi aberta: como atualizar a quantia de 100 bilhões de dólares por ano que os países ricos prometeram destinar às nações pobres, basicamente para mitigar suas emissões de gases e adaptação à nova realidade.

O valor foi prometido em 2009, para 2020. Dois anos depois do prazo, foi cumprido apenas parcialmente.

O principal emissor de CO2 do planeta, a China, mantém uma posição cautelosa, entre sua aliança com o grupo de países em desenvolvimento (G77, que agrupa 134 países) e seu status de segunda maior economia do planeta.

O presidente chinês Xi Jinping não participou da COP27. Embora as relações com os Estados Unidos estejam muito frias, Xi e Biden se encontrarão durante a cúpula do G20 na próxima semana na Indonésia.

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