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Casal abandona resort na Suécia com 158 barris de fezes e foge para a Guatemala

Além dos dejetos humanos, a dupla também é acusada de maus-tratos a animais

Internacional|Do R7

O casal dinamarquês Flemming Hansen e Mette Helbæk fugiu para a América Central Reprodução/Instagram/@metteflorahelbak

Um casal dinamarquês que fundou um resort ecológico no sul da Suécia está sendo acusado de ter abandonado o empreendimento e se mudado para a Guatemala, deixando para trás uma dívida e 158 barris contendo fezes humanas.

Flemming Hansen e Mette Helbæk, que originalmente são chefs de cozinha, criaram o Stedsans, um espaço que contava com mais de uma dúzia de cabanas de madeira e um restaurante orgânico, atraindo pessoas influentes e de alto poder aquisitivo.

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A situação veio à tona após uma investigação dos jornais Politiken e Dagens Nyheter, que também apontou o descarte de águas residuais na floresta e o abandono e morte de animais. As autoridades locais classificaram o caso como “crime ambiental”. O casal desapareceu repentinamente há alguns meses, sem avisar os funcionários ou providenciar cuidados para os animais que permaneceram no local.


Uma ex-funcionária chamada Malin contou à imprensa local que o carro do casal havia sumido e a casa deles havia pegado fogo. Ela chegou a acolher patos e galinhas que sobraram do resort, mas muitos já tinham morrido. Outro ex-funcionário, Lars Delling, afirmou que, por trás da fachada de um resort ecológico em harmonia com a floresta, havia problemas graves, como o despejo direto de esgoto e águas residuais no meio ambiente.


Nas redes sociais, Hansen e Helbæk defenderam o armazenamento de fezes humanas, dizendo que lidar com os próprios dejetos é parte essencial da permacultura. Eles afirmaram que metade dos barris já estaria pronta para uso como compostagem na primavera e que o novo proprietário do resort foi informado sobre isso.


No entanto, o chefe do setor ambiental do município de Hylte, Daniel Helsing, afirmou que o casal não cumpriu os requisitos legais para compostagem de resíduos humanos. Segundo ele, o procedimento exige notificação prévia e cumprimento de diretrizes específicas, o que não ocorreu neste caso. A Associação Sueca de Turismo também declarou não ter conhecimento de práticas como as adotadas no resort.

Hansen e Helbæk acusaram os jornalistas de mentirem e provocarem “literalmente uma tempestade de fezes” em suas vidas, alegando que os relatos de dano ambiental e morte de animais eram falsos. O casal ainda acusou o governo local de negligência, dizendo que os banheiros haviam sido apresentados a representantes das autoridades diversas vezes. Eles sugeriram que ou o município estava mentindo ou não havia cumprido seu papel de fiscalização, apesar de alegarem ter pago por isso.

Além das acusações ambientais, os ex-proprietários do resort enfrentam uma grave crise financeira. Eles afirmaram que sua empresa faliu e que possuem uma dívida fiscal que cresceu dez vezes ao longo dos anos devido a juros e multas. Disseram que seriam obrigados a pagar mais de 50 mil coroas dinamarquesas por mês (cerca de R$ 44,5 mil) para evitar a escalada da dívida, algo que consideram inviável.

Na semana passada, o casal já se preparava para inaugurar um novo empreendimento: um hotel chamado Hotel San Pedro La Laguna, na Guatemala, com abertura prevista para maio. Eles afirmam que se mudaram para o país da América Central como uma tentativa de recomeçar a vida e dar uma “segunda chance” à família.

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