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Centros de votação abrem nas Malvinas para referendo sobre status político

O arquipélago é reivindicado pela Argentina. Malvinenses respondem hoje e amanhã se querem continuar como território britânico

Internacional|Do R7

Voluntário carrega urna onde serão depositados os votos do referendo
Voluntário carrega urna onde serão depositados os votos do referendo

Os centros de votação nas ilhas Malvinas abriram neste domingo às 10h (mesmo horário de Brasília) para que seus moradores se pronunciem sobre o status político desse território dependente do Reino Unido, cuja soberania é reivindicada pela Argentina.

Estes centros, instalados nas quatro localidades mais destacadas das duas ilhas principais, estarão abertos hoje e amanhã entre 10h e 18h.

Um total de 1.650 malvinenses, com nacionalidade britânica, tem direito a votar neste referendo, o primeiro deste tipo convocado para que decidam se querem que as ilhas continuem como território de ultramar do Reino Unido.

As autoridades locais instalaram centros de votação em quatro localidades das duas ilhas principais, Grande Malvina (West Falkland) e Soledad (East Falkland), localizadas a 12.500 quilômetros de Londres e a menos de 500 km do litoral argentino.


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Os centros estarão em Port Stanley (Puerto Argentino), capital das Malvinas, e Goose Green, ambos na ilha Soledad, enquanto os outros dois são Fox Bay e Port Howard, em Grande Malvina.

Além desses colégios eleitorais, haverá cinco centros de votação móveis, instalados em veículos 4x4 que visitarão alguns lugares mais afastados.


A apuração dos votos começará às 21h da própria segunda-feira (10) e a expectativa é que o resultado seja divulgado uma hora depois, segundo a Assembleia Legislativa, que indicou que haverá observadores internacionais acompanhando a evolução do referendo.

A pergunta direta feita aos malvinenses será: "Você quer que as ilhas Falklands mantenham seu status político atual como território do Reino Unido de ultramar?".

Esta pergunta virá acompanhada por um preâmbulo que indicará que o atual status político do arquipélago é o de território do Reino Unido, que mantém as competências sobre Defesa e Relações Exteriores.

Guerra das Malvinas

Esta consulta popular acontece no momento em que as relações entre Argentina e Reino Unido atravessam um de seus momentos mais críticos, devido às pressões de Buenos Aires para negociar a soberania quase 31 anos depois da Guerra das Malvinas.

O conflito armado começou em 2 de abril de 1982, quando tropas despachadas pelo regime militar argentino da época desembarcaram nas ilhas.

O conflito terminou 74 dias depois, com a morte de cerca de 650 argentinos e de 255 britânicos — todos militares.

A guerra é vista hoje como um erro que acelerou a queda do regime militar, mas a maioria da população argentina concorda que "las Malvinas son argentinas", e o assunto continua sendo uma espécie de símbolo nacional.

O recortado mapa das ilhas, controladas desde 1833 pela Grã-Bretanha, é familiar em camisetas e cartazes. Os jornais publicam diariamente a previsão do tempo para Puerto Argentino — que é como os argentinos chamam a localidade de Stanley, capital do arquipélago.

Críticos da presidente argentina Cristina Kirchner dizem que a reivindicação de soberania sobre as ilhas são uma conveniente forma de distrair a atenção de problemas econômicos no país.

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