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China encerra quarentena de viajantes internacionais e põe fim a três anos da política 'Covid zero'

Apesar do alívio das regras, que incluíam isolamento de até 21 dias ao desembarcar, país asiático sofre explosão de casos da doença

Internacional|Do R7, com AFP

Após três anos de isolamento, China alivia regras e põe fim a quarentena obrigatória
Após três anos de isolamento, China alivia regras e põe fim a quarentena obrigatória Após três anos de isolamento, China alivia regras e põe fim a quarentena obrigatória

A China encerrou, neste domingo (8), as quarentenas obrigatórias para viajantes internacionais que chegam ao país, o que põe fim a quase três anos de isolamento mundial apesar da nova escalada de casos de Covid-19 no país.

No mês passado, Pequim começou a desmantelar a estratégia rigorosa da 'Covid zero', baseada em confinamentos, testes em massa e quarentenas, o que permitiu controlar o vírus, mas, ao mesmo tempo, freou a economia e provocou protestos em massa.

Hoje, os primeiros passageiros que chegavam ao país mostravam alívio de não ter que cumprir a quarentena obrigatória. No aeroporto internacional Pudong, de Xangai, uma mulher chamada Pang disse à AFP que estava muito entusiasmada com a mudança.

"É um avanço necessário. A Covid-19 se normalizou agora e, depois de tantos obstáculos, tudo será mais fácil", disse.

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Desde março de 2020, as pessoas que entravam no gigante asiático deviam se instalar em postos do governo, primeiro por um prazo de três semanas, que, depois, se reduziu gradativamente a cinco dias em novembro passado.

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Depois do anúncio do fim da medida, os chineses começaram a comprar viagens para o exterior.

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Como esperado, a compra em massa de passagens levou cerca de 25 países a impor o teste de Covid-19 obrigatório para os viajantes que chegam da China, que, atualmente, enfrenta a maior explosão de casos da doença desde o início da pandemia.

E a situação deve se agravar diante da celebração do Ano-Novo Chinês no fim do mês, que vai causar milhões de viagens de pessoas que vivem nas cidades à zona rural para visitar parentes mais idosos.

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"Como no passado"

A China disse que as restrições impostas pelos Estados Unidos, Japão e países da UE (União Europeia) são "inaceitáveis", mas, ao mesmo tempo, exige testes de Covid dos passageiros que chegam e continua a bloquear turistas e estudantes internacionais.

As autoridades também tentaram abafar as críticas ao fim da política Covid zero. A rede Weibo, semelhante ao Twitter, disse que recentemente baniu 1.120 contas por "ofensas contra especialistas e acadêmicos".

No aeroporto de Pequim, as barreiras que costumavam separar as chegadas internacionais e domésticas foram removidas, assim como a equipe médica em trajes de proteção brancos.

No saguão, uma mulher esperava por uma amiga que estuda em Hong Kong. "É tão fantástico, não nos vemos há tanto tempo... Há um ano", disse Wu, de 20 anos, à AFP.

Em Xangai, um homem chamado Yang chegou dos Estados Unidos sem saber das mudanças. "Eu não tinha ideia" sobre os novos regulamentos, disse à AFP.

"Eu já me consideraria extremamente sortudo se tivesse que me isolar por dois dias, mas acontece que não preciso de quarentena ou papelada. Acabamos de sair como no passado", explicou.

"Estou muito feliz por não ter que ficar em quarentena. Quem quer ficar em quarentena? Ninguém", disse outra mulher, que não quis dar seu nome à AFP.

A "insuportável" quarentena

Na cidade semiautônoma de Hong Kong, no sul da China, as medidas também foram relaxadas na fronteira, quase fechada desde 2020.

A economia abalada desse centro de negócios precisa se reconectar com sua principal fonte de crescimento, e muitas famílias separadas em ambos os lados da fronteira anseiam por se reunir para o Ano-Novo Lunar.

Cerca de 410 mil residentes de Hong Kong planejam viajar para o norte nos próximos dois meses. E cerca de 7.000 pessoas do continente iriam se mudar para o sul no domingo, segundo dados oficiais.

No posto de controle de Lok Ma Chau, próximo à cidade de Shenzhen, um estudante de pós-graduação da China continental ficou satisfeito por poder atravessar sem restrições.

"Estou feliz por não ter ficado em quarentena. Era insuportável", disse Zeng à AFP, explicando que, em 2022, teve que permanecer trancado em um quarto por 21 dias, com uma conexão de internet ruim.

Outro passageiro, de 80 anos, chamado Liu, explicou que estava voltando para Hong Kong para comemorar o Ano-Novo Chinês com sua família.

"Espero que o processo possa ser ainda mais simplificado", disse à AFP. "É um pouco complicado para um homem de 80 anos como eu", finalizou.

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