![Manifestantes jogaram fogos de artifício no veículo, quebraram janelas e subiram em cima do carro para pisar e dançar](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/ZR6XPPZVH5NRFGVMVBD2EQEFAI.jpg?auth=24a3fa2b8f3f81b39a505bebea938dcffaa21ebc17f3f7b54f3310725e5c8779&width=442&height=240)
Vários vídeos em que uma multidão na China ataca e vira um carro da polícia se tornaram virais nas redes sociais, marcando outro incidente de desobediência civil que quebrou o muro de censura digital do país.
Um grande grupo de pessoas se reuniu no condado de Luyi, Henan, em 2 de janeiro, onde se sabe que as frustrações com a proibição de fogos de artifício aumentaram. No local, eles empurraram um policial e atacaram o carro da polícia.
Alguns jogaram fogos de artifício no veículo vazio, quebraram suas janelas e subiram em cima do carro para pisar e dançar nele.
Os usuários estabeleceram uma ligação entre essa ação contra as autoridades locais e os protestos extraordinariamente grandes que ocorreram na China no ano passado, que ficaram conhecidos como #WhitePaperRevolution ou #A4Revolution para refletir como os manifestantes seguraram pedaços de papel em branco durante a ação.
Embora haja poucas evidências de que os incidentes estejam formalmente conectados, as pessoas fizeram comparações ao postar vídeos de segunda-feira junto com a tag #FireworkRevolution.
Esse tipo de conteúdo costuma ser removido rapidamente das mídias sociais chinesas. No entanto, o fato de aparecer em plataformas fora da influência da China, como Twitter e Instagram, é impressionante, segundo a Sky News.
O Departamento de Segurança Pública do condado de Luyi divulgou um comunicado nas redes sociais chinesas em que diz que oito pessoas estão sob investigação e seis foram presas após o ataque ao carro da polícia.
Postagens que compartilham os comentários da polícia e criticam o incidente permanecem nas redes sociais chinesas, mas comentários que elogiam a multidão por se rebelar contra as autoridades parecem ter sido amplamente deletados.
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Menos de 300 resultados apareceram ao pesquisar "Luyi" no Weibo em 4 de janeiro. As postagens que aparecem lá são uniformemente críticas ao incidente.
Os vídeos não provam se o carro da polícia foi atacado em resposta às tentativas dos policiais de manter a proibição de fogos de artifício, que está em vigor devido a preocupações com riscos de incêndio e poluição do ar. Muitos queriam que a proibição fosse suspensa para comemorar o fim de três anos de restrições devido à Covid-19 no país.
A China se afastou de sua controversa política de Covid zero depois que a maior demonstração de oposição ao Partido Comunista em décadas foi vista no fim de novembro e início de dezembro.
* Estagiária do R7, sob supervisão de Raphael Hakime
China tem hospitais cheios e crematórios lotados após fim da política de 'Covid zero'
A China tem hospitais cheios, prateleiras de farmácias vazias e crematórios lotados depois que o governo decidiu acabar em novembro com a política de confinamento, quarentena e testes em larga escala, práticas adotadas pelo país para controlar os casos de Covid-19. A China seguia desde 2020 uma política de tolerância zero com a Covid, com restrições severas. A estratégia possibilitou a proteção das pessoas com comorbidades e aquelas sem esquema de vacinação completo, mas foi alvo de protestos pelo tempo prolongado em que vigorou