China informa que sua embaixada na Coreia do Norte trabalha "com normalidade"
Internacional|Do R7
Pequim, 7 abr (EFE).- A China informou neste domingo que sua embaixada na Coreia do Norte trabalha com "completa normalidade", depois que na última sexta-feira o governo de Pyongyang aconselhou diplomatas estrangeiros a deixar o país em plena tensão na península coreana, uma opção que o governo chinês evitou. "Até onde sei, a legação chinesa na Coreia do Norte continua com sua atividade normal", afirmou hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, em comunicado enviado à agência oficial "Xinhua". No entanto, Hong destacou que a China está "seriamente preocupada" pela crescente escalada de tensões na região, por isso pediu a Pyongyang que garanta a segurança de seus diplomatas e de todo o pessoal da embaixada, em cumprimento das leis e normas internacionais, entre as quais a Convenção de Viena. Apesar de Pyongyang ter advertido que, a partir de 10 de abril, não poder assegurar a segurança de diplomatas e funcionários de organizações estrangeiras em caso de conflito bélico, a China ressaltou hoje que vai proteger seus cidadãos na Coreia do Norte e seus negócios na península. Nenhuma legação estrangeira representada na Coreia do Norte optou pela evacuação proposta por Pyongyang, confirmaram ontem fontes governamentais de Seul. A data dada pela Coreia do Norte não parece aleatória, já que especialistas sul-coreanos acreditam que o regime poderia lançar como teste um míssil por causa do aniversário, em 15 de abril, do nascimento de Kim Il-sung, fundador do país e avô do atual dirigente, Kim Jong-un. A maioria dos governos estrangeiros "vê a mensagem como uma estratégia para elevar a tensão na península coreana", em linha com a opinião majoritária dos analistas, que acreditam que o país comunista procura aumentar a pressão para reforçar sua unidade interna e sua posição no exterior. EFE tg/id