A agência reguladora da televisão da China proibiu dramas históricos "voltados ao entretenimento", informou o órgão em comunicado nesta quinta-feira (1°), o episódio mais recente de repressão à mídia em um ano delicado para o Partido Comunista.
A agência disse que a proibição também se aplica aos chamados dramas de ídolos, que focam em uma celebridade, e pediu às emissoras que, ao invés destes, exibam conteúdos patrióticos na véspera do 70º aniversário da fundação da República Popular, que acontece no dia 1º de outubro.
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A censura chinesa aos conteúdos de mídia e entretenimento endureceu no governo do presidente Xi Jinping e se intensificou neste ano, quando as autoridades adiaram a aprovação de ao menos três grandes filmes que eram esperados para este verão.
A reguladora Administração Estatal de Imprensa, Publicação, Rádio, Filme e Televisão disse que os canais de TV deveriam transmitir programas de uma lista de 86 que se concentram "em aspectos históricos diferentes que mostram a grande luta da nação chinesa à medida que seu povo se ergueu e se tornou mais rico e mais forte".
Em janeiro, o Beijing Daily, jornal apoiado pelo Partido Comunista, criticou cinco dramas históricos populares, entre eles "Imperatrizes do Palácio", por terem um "efeito negativo" na sociedade. Muitos dramas do tipo envolvem intrigas palacianas e complôs dos personagens principais.
Os dramas de ídolos, formato igualmente popular no Japão e na Coreia do Sul, também foram criticados pela mídia estatal por serem excessivamente materialistas e uma influência negativa na sociedade.