Combatentes de grupo salafista Ansar al Din recuam rumo ao norte do Mali
Internacional|Do R7
Bamaco, 21 jan (EFE).- Um grupo indeterminado de combatentes da organização salafista Ansar al Din recuou nas últimas horas rumo a Tombuctu, uma das cidades do norte do Mali controlada por combatentes islamitas desde junho passado, disse à Agência Efe um habitante da região. Cherif Mohammed, habitante da cidade, afirmou que vários carros nos quais homens armados viajavam se dirigiram rumo a esta zona do país. As testemunhas não deixaram claro, no entanto, se o destino final é a cidade de Tombuctu ou tinham seguido caminho rumo ao norte. De acordo com um site mauritano "Saara Media", que cita também testemunhas de Tombuctu, aviões franceses lançaram uma operação ontem conta veículo de Ansar al Din, que transportavam armas e munições. Enquanto isso, continua a confusão sobre a situação na cidade de Diabali, situada no centro do país, a 400 quilômetros ao norte de Bamaco. Segundo vários moradores da cidade e fontes de segurança contatados pela Efe, as forças malinesas apoiadas por soldados franceses estão lançando operações de registro e penteando a zona. Fouseyni Smake, um habitante de Diabali, afirmou que a vida na cidade vai recuperando sua atividade progressivamente e que vários comércios já foram reabertos. No entanto, o ministro francês de Defesa, Jean Yves Le Drian, afirmou no domingo que Diabali ainda não estava sob controle das tropas francesas e malinesas, embora tenha afirmado que haveria avanços nas próximas horas. Esta mesma situação de confusão caracterizou a recuperação da cidade de Kona, no centro-leste do país e que também tinha caído em mãos dos combatentes salafistas do Ansar al Din. Embora o Exército malinês tenha anunciado a tomada desta cidade no dia 12, ainda não foi confirmado o controle total sobre a população. O grupo radical islâmico Ansar al Din, que conta com o apoio e a cumplicidade de grupos terroristas como Monoteísmo e Jihad na África Ocidental (MYAO) e Al Qaeda no Magrebe Islâmico, lançou uma ofensiva no último dia 7 de janeiro contra território controlado pelo Governo de Bamaco, que só foi freada após a intervenção do exército francês, quatro dias depois. EFE ide-sk-jfu/ff