Confronto entre policiais e separatistas deixa 7 mortos no sul do Iêmen
Internacional|Do R7
Áden (Iêmen), 21 fev (EFE).- Pelo menos sete pessoas morreram nesta quinta-feira em confrontos entre policiais e seguidores do movimento separatista do sul do Iêmen, na cidade meridional de Áden e nos seus arredores. Os agentes deram tiros para o alto a bordo de veículos blindados e usaram gás lacrimogêneo para dispersar os separatistas, que haviam tentado impedir um ato organizado pelo partido islamita Islah (Reforma) na praça de Urud. Fontes locais afirmaram que uma pessoa faleceu e quatro ficaram feridas nos duelos na praça, e que uma pessoa morreu e três se feriram nos confrontos no bairro de Kriter, no centro da cidade. Depois que os policiais expulsaram os manifestantes, milhares de pessoas foram ao local, como haviam previsto, para comemorar o primeiro aniversário no poder do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, que foi eleito em fevereiro de 2012. Posteriormente, grupos de homens armados pertencentes ao movimento separatista mataram um adolescente e feriram outras quatro pessoas. Enquanto isso, na cidade de Dalea, localizada a cerca de 100 quilômetros ao norte de Áden, um policial morreu e outro ficou ferido após um ataque realizado por separatistas contra a sede do Governo local. As mesmas fontes revelaram que um policial e dois separatistas morreram em confrontos na região de Senah, próxima a Dalea. Os choques chegaram ao auge quando a Polícia tentou retirar uma barreira feita por homens armados na estrada que leva a Áden, a fim de impedir a passagem dos ônibus que levavam simpatizantes do partido Al Islah à comemoração presidencial. Por sua vez, o líder iemenita advertiu os separatistas em discurso, no encerramento de um congresso de altos cargos da Polícia iemenita, por optarem o caminho da violência. "Dizemos aos que não compreenderam as mudanças e nem a nova realidade que vive o Iêmen que à luta armada não será útil", declarou. O novo chefe de Estado iemenita substituiu Ali Abdullah Saleh, que quis deixar o cargo após assinar um acordo idealizado pelo Conselho de Cooperação do Golfo. Os partidários do movimento do sul acusaram o Islah de apoiar o Governo Central de Sana para manter a unidade das duas partes do Iêmen, que se tornaram apenas um país em 1990. EFE ja/nvo/dr