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Coreia do Norte promete resposta militar 'firme' às manobras dos EUA e Coreia do Sul

Alerta ocorre após os dois países concluírem os maiores exercícios militares aéreos conjuntos já organizados

Internacional|Do R7

Exército Popular da Coreia do Norte realiza série de testes de mísseis
Exército Popular da Coreia do Norte realiza série de testes de mísseis Exército Popular da Coreia do Norte realiza série de testes de mísseis

A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (7) que responderá às manobras conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul com ações militares "sustentadas, firmes e avassaladoras", segundo a agência oficial KCNA.

O alerta ocorre no contexto de uma série de testes de mísseis realizados por Pyongyang nas últimas semanas, incluindo o lançamento de quatro mísseis balísticos no último sábado (5), dias depois que os Estados Unidos e a Coreia do Sul concluíram os maiores exercícios militares aéreos conjuntos já organizados pelos dois países.

A KCNA afirmou que os recentes testes de mísseis balísticos do norte foram uma "resposta clara" a Washington e Seul por seus exercícios militares na semana passada, denominados "Tempestade Vigilante".

As manobras pretendiam "aumentar intencionalmente a tensão na região e são uma manobra perigosa, de natureza altamente agressiva, dirigida diretamente contra a Coreia do Norte", afirmou o exército de Pyongyang.

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"Quanto mais persistentes forem os movimentos provocativos do inimigo, mais minuciosa e impiedosamente [os militares norte-coreanos] os combaterão", acrescentou a nota divulgada pela KCNA.

Centenas de aviões de guerra americanos e sul-coreanos, incluindo bombardeiros B-1B, participaram na semana passada do exercício "Tempestade Vigilante".

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O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul afirmou que o exercício demonstrou "a capacidade e a prontidão para responder com firmeza a qualquer provocação da Coreia do Norte".

Ao mesmo tempo, Seul rebateu as críticas norte-coreanas e afirmou que as manobras não representaram uma ameaça para nenhum país.

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Os exercícios, no entanto, provocaram fortes reações de Pyongyang, que os considera ensaios para uma invasão. O Exército norte-coreano afirmou que as operações incluíram o lançamento de mísseis balísticos táticos que simularam ataques contra bases aéreas e ensaiaram a derrubada de aviões inimigos.

A Força Aérea norte-coreana também realizou "uma operação de combate em larga escala" com 500 aviões, segundo a KCNA. A agência divulgou nesta segunda-feira (7) imagens das operações militares com mísseis disparados de vários locais não identificados.

Bases aéreas

O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, descreveu a ação como "uma invasão territorial de fato".

De acordo com analistas, as manobras aéreas foram particularmente preocupantes para Pyongyang porque sua força aérea é um dos pontos mais frágeis de suas Forças Armadas, que não possui aviões avançados e pilotos experientes.

Os detalhes das operações norte-coreanas na semana passada revelam a importância que o país atribui à destruição de bases aéreas no Sul, disse Cheong Seoung-chang, pesquisador do Instituto Sejong em Seul.

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"A Coreia do Norte considera importante atacar e neutralizar as bases aéreas, em primeiro lugar, porque sua própria força aérea é frágil", afirmou Cheong à AFP.

O país revisou em setembro sua doutrina nuclear para permitir a execução de ataques preventivos no caso de uma ameaça contra o regime de Kim Jong-un.

Seul e Washington acreditam que Pyongyang executará em breve um teste nuclear, que seria o sétimo da história do regime e o primeiro desde 2017.

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