Internacional Coreia do Norte torna política de armas nucleares 'irreversível'

Coreia do Norte torna política de armas nucleares 'irreversível'

Nova lei proíbe negociações com outros países que visem a desnuclearização do pequeno país asiático

Reuters

Resumindo a Notícia

  • Coreia do Norte promulgou uma lei que torna irreversível o status nuclear do país
  • Texto impede que país entre em negociações que exijam a desnuclearização norte-coreana
  • Especialistas acreditam que o país pode retomar os testes com armas nucleares em breve
Assembleia Popular Suprema aprovou projeto de lei sobre status nuclear

Assembleia Popular Suprema aprovou projeto de lei sobre status nuclear

STR/KCNA via KNS/AFP - 7.9.2022

A imprensa estatal norte-coreana informou nesta quinta-feira (8) que a Coreia do Norte aprovou uma lei que consagra oficialmente as políticas de armas nucleares, uma medida que, segundo o líder Kim Jong Un, torna o status nuclear "irreversível" e impede qualquer negociação sobre a desnuclearização.

A medida ocorre enquanto observadores dizem que a Coreia do Norte parece estar se preparando para retomar os testes nucleares pela primeira vez desde 2017, depois que cúpulas históricas com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros líderes mundiais em 2018 não conseguiram convencer Kim a abandonar o desenvolvimento de armas.

O parlamento norte-coreano, a Assembleia Popular Suprema, aprovou o projeto na quinta-feira, segundo a agência de notícias estatal KCNA. A lei define quando as armas nucleares poderão ser usadas, inclusive para a proteção dos ativos estratégicos do país, e caso ele seja atacado.

A lei também proíbe qualquer compartilhamento de armas nucleares ou tecnologia com outros países, informou a KCNA.

"O maior significado de legislar a política de armas nucleares é traçar uma linha irreversível para que não haja barganha sobre nossas armas nucleares", disse Kim em um discurso na Assembleia Popular Suprema.

O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, se ofereceu para conversar com Kim a qualquer momento, em qualquer lugar, e o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse que o país forneceria uma imensa ajuda econômica se Pyongyang começasse a desistir do arsenal.

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