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Coulibaly e Kouachi mostraram bom comportamento enquanto estiveram presos

Internacional|Do R7

Paris, 12 jan (EFE).- O Ministério francês de Justiça informou nesta segunda-feira que dois dos autores dos recentes atentados jihadistas na França, Amedy Coulibaly e Chérif Kouachi, tinham mostrado um bom comportamento enquanto estiveram presos. Concretamente, Coulibaly, deliquente reincidente de 32 anos de idade, que assassinou na quinta-feira no sul de Paris uma policial municipal e atacou na sexta-feira um supermercado judeu, onde quatro reféns terminaram mortos, teve uma atitude "exemplar", disse em entrevista coletiva o porta-voz ministerial, Pierre Rancé. Em sua última condenação, em dezembro de 2013, Coulibaly foi sentenciado a cinco anos de prisão por participar do projeto de fuga, em 2010, de outro suposto jihadista, Smaïn Ait Ali Belkacem, no qual Kouachi também esteve vinculado, embora seu caso acabou arquivado. Coulibaly, que morreu durante o ataque ao supermercado efetuado pelas forças especiais da polícia francesa, respeitava o regulamento interno, participava de atividades esportivas e culturais, se beneficiou de cursos de formação e era um preso "particularmente motivado", que só teve um pequeno incidente disciplinar ao ser surpreendido com um telefone celular. Segundo Rancé, deu "sinais de reinserção", cumpriu sua pena nas condições normais e em maio de 2014, segundo o previsto, foi libertado. O porta-voz ministerial indicou hoje que, em meados da década de 2000, encontrou com Chérif Kouachi durante um breve período de tempo na prisão de Fleury-Mérogis, ao sul de Paris. Kouachi, junto a seu irmão Said, foi o autor na quarta-feira em Paris do ataque contra a revista satírica "Charlie Hebdo", no qual morreram 12 pessoas e 11 ficaram feridas. Chérif, segundo o porta-voz ministerial, deu amostras de um comportamento "um pouco mais agitado", mas não apresentou problemas e nem esteve ligado ao islamismo radical, e seguiu durante seu encarceramento cursos de apoio escolar. Enquanto seu irmão Said só aparece nos documentos policiais de forma secundária, ele foi preso pela primeira vez em 2005 e condenado em 2008 a três anos -a metade isentos de cumprimento- por participar da chamada "rede de Buttes Chaumont", que recrutava jovens marginais para a causa fundamentalista. Coulibaly afirmou na sexta-feira, antes de morrer, que "obedecia ao califa do Estado Islâmico", Abu Bakr al Bagdadi, e que se coordenou com os irmãos Kouachi para cometer seus ataques. "Não estivemos em contato (uma vez começaram seus crimes). Só nos coordenamos no início, eles com o 'Charlie Hebdo' e eu com os policiais", explicou em uma chamada realizada ao canal de televisão "BFM TV", que só a divulgou quando os terroristas foram mortos. EFE mgr/ff

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