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Defesa de 'El Chapo' diz que cartel subornou presidentes no México

Advogados do traficante mexicano disseram que ele não é o verdadeiro chefe do cartel de Sinaloa, depois que a audiência atrasou por uma troca de jurados

Internacional|Fábio Fleury, do R7


Policiais vigiam o prédio onde acontece o julgamento
Policiais vigiam o prédio onde acontece o julgamento

Na primeira audiência do julgamento do traficante mexicano Joaquín 'El Chapo' Guzmán, nesta terça-feira (13), em Nova York (EUA), os advogados de defesa fizeram uma acusação pesada: eles afirmaram que o cartel de Sinaloa subornou os dois últimos presidentes do México.

Segundo a defesa de Guzmán, o atual presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, e seu antecessor, Felipe Calderón, teriam recebido "milhões de dólares em suborno" do cartel.

Eles também alegam que a organização criminosa jamais foi chefiada por Chapo, e sim por Ismael "Mayo" Zambada, dirigente que nunca foi preso pela polícia mexicana. Tanto Peña Nieto quanto Calderón negaram as acusações.

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Atraso no julgamento

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As afirmações dos advogados vieram na abertura do julgamento propriamente dito. A audiência atrasou algumas horas porque uma mulher que fazia parte do corpo de jurados pediu para deixar o tribunal por sofrer de "ansiedade", segundo a imprensa local.

Durante o período em que o julgamento ficou parado, a defesa pediu ao juiz federal Brian Cogan permissão para que a esposa do acusado, Emma Coronel Aspuro, pudesse abraçar o marido antes do início das alegações. Assim como fez na semana passada, Cogan novamente negou.

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Depois que a jurada foi substituída, os advogados puderam começar a audiência. Durante a seleção do corpo de jurados, vários candidatos se retiraram do processo por medo.

Primeiras alegações

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No início da audiência, um dos promotores, Adam Fels, disse que o próprio Guzmán iria contar sobre seus crimes "com suas próprias palavras". Ele afirmou que as mensagens de texto do traficante iriam dar a dimensão de suas atividades.

Fels também disse que Chapo começou sua trajetória no México, transportando maconha na década de 1970. Segundo ele, o que tornou o traficante o maior da região foi o uso de túneis para levar drogas por baixo da fronteira com os Estados Unidos.

Na resposta, a defesa de Guzmán disse que ele foi "incriminado" pelas testemunhas que estão cooperando com a acusação.

O advogado Jeffrey Lichtman, além de acusar os presidentes mexicanos, também ressaltou que o tráfico de drogas no país não cessou após a prisão de Chapo, em 2016, e que Mayo seria o verdadeiro chefão de Sinaloa, afirmando que "ele é quem decide quem a polícia e o Exército podem prender ou matar".

Guzmán é acusado de dezenas de crimes e de enviar, no total, mais de 150 toneladas de drogas aos EUA. Caso seja condenado, ele pode pegar prisão perpétua.

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