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Erdogan, Putin e Rohani terminam reunião com diferenças sobre Idlib

Presidentes da Turquia, Rússia e Irã não chegaram a acordo sobre situação no último reduto reduto controlado pelos opositores de Bashar al Assad

Internacional|Da EFE

Presidentes não chegaram a acordo sobre Idlib
Presidentes não chegaram a acordo sobre Idlib Presidentes não chegaram a acordo sobre Idlib

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e do Irã, Hassan Rohani, se reuniram pela quinta vez nesta segunda-feira (16) para discutir o conflito armado da Síria, mas o encontro terminou sem acordo sobre a situação na província Idlib, o último reduto controlado pelos opositores de Bashar al Assad.

Desacordos

Em entrevista coletiva concedida depois da cúpula, Erdogan lamentou os mais de mil civis mortos na ofensiva de Assad contra a região desde abril e disse que um dos objetivos da reunião foi discutir medidas concretas para protegê-los.

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Mas Putin lançou dúvidas sobre o alcance de um possível acordo de paz entre as partes ao destacar que o pacto negociado no ano passado para desmilitarizar a região não incluía grupos terroristas.

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"A região é controlada por grupos conectados à Al Qaeda. Não nos podemos só olhando. Continuaremos apoiando o Exército da Síria na luta contra os terroristas", disse Putin.

Rohani acompanhou o presidente da Rússia ao afirmar que os terroristas em Idlib ganharam força nos últimos meses.

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"O povo sírio está oprimido por terroristas há nove anos. Sabemos o país que os apoia e os arma. Devemos lutar contra os terroristas em Idlib e ajudar o governo da Síria", concluiu o presidente do Irã.

Erdogan dedicou a maior parte de sua entrevista para detalhar a proposta de criar uma região segura no nordeste da Síria, atualmente sobre o controle das Unidades de Proteção do Povo Sírio (YPG), uma milícia curdo-síria. Na área, ele quer colocar parte dos 3,6 milhões de refugiados que fugiram do conflito e hoje vivem na Turquia.

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"Pensamos que pelo menos dois milhões de sírios do nosso país podem se estabelecer no 'corredor de paz' que estabeleceremos ao longo da fronteira. Podemos construir novos assentamentos. Se o corredor chegar até Al Raqaa, podem ser 3 milhões de pessoas ali", explicou.

Refugiados

Mas Rohani criticou de forma pouco velada a proposta de enviar refugiados sírios a regiões que ficam a centenas de quilômetros das áreas onde eles viviam anteriormente.

"Sabemos que os refugiados querem retornar às suas próprias casas. Há 40 anos, recebemos 3 milhões de afegãos. Todos querem voltar para casa, para seu próprio povo, e temos que ajudá-los nisso", ressaltou o presidente iraniano.

O presidente da Rússia também se mostrou pouco favorável à proposta de Erdogan.

"A região ao leste do (rio) Eufrates poderá ficar estável quando passar para o controle do governo da Síria", afirmou Putin.

Esta foi a quinta reunião trilateral entre Erdogan, Rohani e Putin. Rússia e Irã apoiam o governo de Assad, enquanto a Turquia dá suporte às milícias armadas que lutam contra o regime do presidente sírio.

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