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Erdogan ressalta legitimidade democrática e diz que revoltas terminarão logo

Internacional|Do R7

Rabat, 3 jun (EFE).- O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, destacou nesta segunda-feira em Rabat que a democracia se expressa através das urnas, em resposta ao presidente do país, Abdullah Gül, e assegurou que, antes de sua volta à Turquia após sua viagem pelo Magrebe, os protestos em seu país já terão terminado. Em entrevista coletiva na capital marroquina, Erdogan se mostrou firme: "Não sei o que disse o presidente, mas para mim a democracia se expressa através das urnas", declarou, após ter sido acusado de ter um estilo político autoritário. Segundo o primeiro-ministro turco, os distúrbios de Istambul e outras cidades não tiveram como origem a poda de árvores, mas "que algumas partes não obtiveram os resultados desejados nas urnas", partes que mais tarde identificou com o Partido Republicano do Povo, o principal da oposição. Erdogan ressaltou que nos distúrbios "estão mobilizando-se facções extremistas junto ao Partido Republicano do Povo", e assinalou que, de fundo, vê "tentativas de dar a este assunto outra dimensão". No entanto - acrescentou - "a maioria do povo não vai a aceitar" porque "o cidadão sensato saberá" as intenções que movimentam os que protagonizam os distúrbios. Neste sentido, disse que os distúrbios "não têm a ver" com a demolição do parque Gezi de Istambul, onde se planeja erguer um centro comercial, o que originou diversos protestos populares que derivaram na atual situação. Erdogan não fez alusão ao jovem morto hoje em Istambul nem se referiu de forma direta aos distúrbios, mas falou em geral de "eventos" e "manifestações" que, segundo ele, não estão ocorrendo em toda Turquia, mas só "em algumas cidades", como na capital Ancara e em Esmirna, a terceira maior cidade do país. No entanto, estes distúrbios são os mais graves vividos na Turquia nos últimos anos - com exceção da região curda - e refletem, segundo os analistas, um desgosto com o estilo pouco dialogante mostrado nos últimos anos pelo governo de Erdogan. O primeiro-ministro se mostrou displicente inclusive com o próprio presidente Gül, depois que os jornalistas lhe perguntaram se ele também tinha entendido "a mensagem do povo". "Eu inclusive perguntei aos jornalistas e a um dos meus ministros de que mensagem se trata; não sei o que quis dizer com isso", declarou. EFE fzb-fjo/rsd

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